Um incêndio perto da Gare de Lyon, em França, obrigou à evacuação parcial da estação de comboios, esta sexta-feira. Na origem do incidente estão protestos contra um cantor da República Democrática do Congo.
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De acordo com o jornal "Le Figaro", o fogo resulta de incidentes numa manifestação proibida contra um concerto de um cantor da República Democrática do Congo. Fally Ipupa iria atuar esta sexta-feira à noite no bairro de Bercy, em Paris. Os manifestantes envolveram-se em confrontos com a polícia e 46 pessoas acabaram detidas.
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Os focos de incêndio começaram em contentores do lixo, mas o mesmo jornal adianta que alguns veículos, cerca de 30, foram também incendiados. O incêndio foi extinto às 18.30 horas locais.
O fogo provocou um fumo preto visível de vários pontos da cidade. Devido à proximidade com a Gare de Lyon, a parte subterrânea foi evacuada por precaução, segundo a "AFP".
Além das detenções, as autoridades receberam 54 denúncias e segundo a prefeitura de Paris, sete protestos terão sido, de facto, proibidos. Alguns dos envolvidos na manifestação tentaram impedir os bombeiros de apagar as chamas.
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Fally Ipupa é considerado uma "persona non grata" por alguns cidadãos da República Democrática do Congo, devido à proximidade com o atual presidente Félix Tshisekedi. Na manifestação estavam defensores de Ipupa e do chefe de Estado congolês e do outro lado permaneciam os seus opositores e principais dinamizadores do protesto.
Já em 2017, o cantor da República Democrática do Congo tinha sido obrigado a cancelar um concerto em França, um país no qual não atuava há dez anos, devido a esta mesma tensão.
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