Pelo menos 49 presos foram executados no Irão em julho, após uma pausa nos dois meses anteriores, marcados pela morte do presidente Ebrahim Raisí num acidente de helicóptero e pelas eleições, informou a organização não governamental iraniana de direitos humanos IHRNGO.
Corpo do artigo
"Pelo menos 49 pessoas foram executadas em julho, 36 delas nos últimos onze dias do mês", afirmou a organização não governamental (ONG) com sede em Oslo, na Noruega, em comunicado citado pela agência EFE.
"Estamos especialmente preocupados com a nova onda de execuções de ativistas civis curdos e prisioneiros no corredor da morte por tráfico de droga nas próximas semanas ou meses", referiu o diretor da IHRNGO, Mahmud Amiri-Moghadam.
A ONG sublinhou que a única forma de evitar uma intensificação da campanha de execuções é a comunidade internacional e a opinião pública prestarem especial atenção e exercerem pressão, aumentando o seu custo político.
Nos primeiros sete meses deste ano, ocorreram cerca de 300 execuções no Irão, segundo a organização, das quais 172 estavam alegadamente relacionadas com crimes relacionados com drogas e 110 com casos de homicídio.
Um total de 15 pessoas foram executadas depois de terem sido condenadas à morte por acusações políticas, como rebelião armada, inimizade para com Deus e corrupção na Terra. Daqueles 15, cinco foram acusados de espionagem para Israel.
Entre os prisioneiros condenados à morte encontravam-se 15 mulheres, 42 membros da minoria étnica Baloch, 20 membros da minoria étnica curda e 20 cidadãos afegãos.