O Guia Supremo iraniano, "ayatollah" Ali Khamenei, pediu, esta quinta-feira, aos Estados Unidos "para punirem" os autores do filme considerado insultuoso para os muçulmanos, que desencadeou uma vaga de protestos no mundo islâmico.
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"Se os políticos norte-americanos estiveram a ser sinceros quando dizem que nada tiveram a ver (com o filme), então devem punir os que cometeram este crime odioso e os seus apoiantes financeiros", tendo em conta que se trata de "um grande crime", de acordo com um comunicado divulgado no "site" oficial de Khamenei.
Anteriormente, cerca de 500 pessoas manifestaram-se contra o filme "Inocência dos Muçulmanos" perto da embaixada da Suíça em Teerão, que representa os interesses norte-americanos no Irão.
Os manifestantes empunhavam exemplares do Alcorão e fotografias do "ayatollah" Khamenei, gritando "morte à América" e "morte a Israel".
"O responsável 'número um' por este crime é o sionismo e o governo norte-americano", referiu ainda o Guia Supremo.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, garantiu que o governo dos Estados Unidos não tinha "absolutamente nada a ver" com o vídeo "repugnante e condenável" em questão e, paralelamente, exortou os dirigentes políticos e religiosos a condenarem os atos de violência registados depois da divulgação na Internet.
Numa manifestação na terça-feira à noite contra o filme, homens armados atacaram o consulado dos Estados Unidos em Benghazi (no leste da Líbia), causando quatro mortos, entre os quais o embaixador norte-americano na Líbia.
O Irão classificou o filme como "ignóbil" e não condenou a violência que se seguiu.