O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vai autorizar nos próximos dias o alargamento dos colonatos na Cisjordânia, apesar da oposição dos Estados Unidos.
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"O primeiro-ministro vai anunciar nos próximos dias a construção de várias centenas de casas suplementares e edifícios públicos, escolas, sinagogas, na Cisjordânia", afirmou o ministro dos Transportes israelita, Israel Katz, à uma rádio pública.
Segundo o jornal Maariv, o primeiro-ministro conta autorizar a construção de uma centena de edifícios, compreendendo entre 400 a 500 habitações.
Netanyahu fez saber, na sexta-feira, que pretende acelerar a colonização na Cisjordânia ocupada, depois de uma moratória de vários meses.
Esta iniciativa foi criticada pelo Governo palestiniano, assim como pelos Estados Unidos.
Katz, um político próximo do primeiro-ministro, confirmou que Netanyahu resolveu permitir a continuação da construção de uma dezena de bairros israelitas situados no leste de Jerusalém, onde vivem 200 mil israelitas, e a conclusão de 2.500 casas já em construção actualmente na Cisjordânia, onde residem 300 mil israelitas.
O ministro justificou esta atitude de Netanyahu, explicando que o Presidente norte-americano, Barack Obama, não conseguiu obter "gestos" da parte dos países árabes em troca das concessões israelitas sobre a colonização.
O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, disse que é inútil encontrar-se com Netanyahu se este continuar o processo de colonização da Cisjordânia.