Japão dá 850 euros e duas máscaras a cada pessoa

"Estamos a agir rapidamente para entregar o dinheiro a todas as pessoas", declarou Abe na televisão, durante uma entrevista coletiva onde explicou a decisão de ampliar o estado de emergência a todo o país.

Um plano inicial, que previa pagar um valor três vezes superior às famílias, que viram o seu rendimento reduzido por causa do novo coronavírus, foi descartado e o primeiro-ministro pediu desculpas pela confusão.

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A economia japonesa já se encaminhava para a recessão antes da crise do coronavírus, após uma contração de 1,8% no último trimestre de 2019.

Desde então, o turismo caiu 90%, a indústria e o comércio estão paralisados e a pandemia obrigou ao adiamento dos Jogos Olímpicos de 2020 para o próximo ano.

Em março, o Governo japonês tinha anunciado um plano de quase três mil milhões de euros para proteger o emprego, reforçar o setor da saúde e aliviar a situação das famílias.

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Nesta sexta-feira, o governo começou a distribuir duas máscaras a cada residente do país.

O Japão registou um número relativamente baixo de casos de infetados e de mortes pela Covid-19, em comparação com países da Europa ou os EUA, mas um aumento acelerado de casos em Tóquio, que registou um recorde de 201 novos casos esta sexta-feira, causou preocupação.

Inicialmente, Abe decretou o estado de emergência em sete regiões do país, mas na quinta-feira alargou a medida a todo o território do arquipélago, até 6 de maio.

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O primeiro-ministro explicou que tomou a decisão para restringir as viagens internas durante a Semana Dourada (uma série de feriados nacionais), que acontece entre o fim de abril e o início de maio, quando os japoneses visitam as suas famílias.

"O futuro depende do nosso comportamento", disse o primeiro-ministro, antes de afirmar que está nas mãos de todos reduzir os contactos sociais.