O Japão executou, esta quinta-feira, dois condenados à pena capital, entre os quais uma mulher, elevando para sete o total de execuções desde o início do ano, informou o governo japonês.
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Sachiko Eto, uma curandeira de 65 anos, natural de Fukushima (noroeste), foi executada na forca de Sendai por ter matado seis "pacientes" durante um ritual exorcista entre 1994 e 1995.
Já Yukinori Matsuda, 39 anos, foi enforcado em Fukuoka (sudoeste) por roubar e apunhalar até à morte um casal em outubro de 2003.
Numa conferência de imprensa, em Tóquio, o ministro da Justiça, Makoto Taki, destacou a "atrocidade dos crimes" e confirmou ainda que atualmente se encontram no corredor da morte 131 pessoas.
Um porta-voz da Amnistia Internacional criticou, em declarações à agência noticiosa espanhola Efe, a atitude do governo nipónico e do ministro da tutela pelas novas execuções.
O Japão, a par dos Estados Unidos, é o único país industrializado e democrático que ainda aplica a pena capital, realiza execuções por enforcamento, em segredo, sem aviso prévio aos condenados e sem testemunhas, não obstante as críticas por parte das organizações de defesa dos direitos humanos.
O Japão regressou às execuções no final de março, depois de um interregno de quase dois anos, dado que as anteriores foram, em julho de 2010.
As sete execuções de 2012 acontecem sob a liderança do primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, que assumiu o poder em setembro de 2011, por cuja administração passaram três ministros da Justiça em menos de um ano.
Segundo os resultados de uma sondagem publicada pelo governo nipónico em 2010, mais de 85 por cento da população apoia a pena de morte.