Um cidadão japonês pediu às autoridades tailandesas autorização para levar para o seu país várias crianças de que alegadamente é progenitor por intermédio de "barrigas de aluguer" na Tailândia.
Corpo do artigo
O advogado do japonês Mitsutoki Shigeta, que se encontra no Japão, deslocou-se a uma esquadra de Banguecoque para esclarecer a paternidade de, pelo menos, 15 menores que foram fecundados "in vitro" com óvulos de mulheres de Espanha, Suécia, Brasil ou Malásia.
Os óvulos fecundados com o esperma de Shigeta foram depois implantados em mulheres tailandesas contratadas por, até, 400 mil baht (cerca de 9 mil euros).
Mitsutoki Shigeta, de 24 anos, deixou a Tailândia depois de terem sido encontrados nove bebés num apartamento de Banguecoque, o que levantou suspeitas de tráfico de seres humanos.
A polícia tailandesa pediu ao japonês que regresse à Tailândia para se submeter a uma prova de ADN e esclarecer a alegada intenção de venda das crianças numa rede de tráfico humano.
Shigeta garante que a sua intenção era criar todos bebés e que está disposto a falar com as autoridades, mas no seu país.
Este negócio das "barrigas de aluguer" na Tailândia conheceu projeção mundial com o recente caso de um casal de australianos acusado de ter abandonado o bebé, com síndrome de Down, com a mãe de substituição.
Numerosos casais estrangeiros, nomeadamente australianos, vão à Tailândia para utilizar serviços de clínicas de fecundação 'in-vitro' e barrigas de aluguer, apesar de um certo vazio legal.
A junta militar que governa a Tailândia desde 22 de meio apresentou um projeto de lei que impõe limites ao recurso às "barrigas de aluguer".