Homens armados mataram um controverso jornalista nas Filipinas, disseram fontes ligadas ao setor da comunicação social, num país que é considerado dos mais perigosos do mundo para os profissionais da imprensa.
Corpo do artigo
Joaquin Briones, que trabalhava para o jornal Remate, foi atingido a tiro pelas costas na segunda-feira por motociclistas na província de Masbate (centro), zona de conflito político e de crime.
Lydia Buena, editora chefe do Remate, disse hoje acreditar que o assassínio de Briones deverá dever-se aos seus duros artigos.
"Ele recebeu muitas ameaças de morte porque escreveu vários artigos sobre Masbate", indicou Buena à agência France-Presse, adiantando que muitas das peças de Briones estavam relacionadas com a pesca ilegal, os jogos de azar ou as drogas.
A União Nacional dos Jornalistas nas Filipinas disse que Briones é o segundo jornalista assassinado desde que o Presidente Rodrigo Duterte tomou posse em junho.
Durterte provocou protestos internacionais pouco antes de tomar posse, quando disse que os jornalistas que aceitavam subornos ou estavam envolvidos noutras atividades corruptas eram alvos legítimos de assassínio.
Um estudo da Federação Internacional de Jornalistas divulgado no ano passado indicava que 146 profissionais foram mortos entre 1990 e 2015, tornando as Filipinas no segundo país mais perigoso para os media, ultrapassado apenas pelo Iraque.