O juiz moçambicano assassinado, na quinta-feira, Dinis Silica, foi o responsável pela validação da prisão preventiva do empresário Manish Cantilal, suspeito de envolvimento em raptos.
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Dinis Silica, magistrado da secção criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, foi morto a tiro na sua viatura, no centro de Maputo, por três homens a monte, que seguiam num outro veículo.
Segundo a polícia moçambicana, no interior do carro da vítima, foram encontrados mais de 60 mil dólares (mais de 43 mil euros) e mais de um milhão de meticais (cerca de 23 mil euros).
A Agência de Informação de Moçambique (AIM) noticia, esta sexta-feira, que na qualidade de juiz de instrução criminal, Dinis Silica ordenou, há três semanas, a prisão preventiva do empresário moçambicano Manish Cantilal, detido por suspeitas de envolvimento na onda de raptos que assola as cidades de Maputo e da Matola.
Segundo dados das autoridades moçambicanas, mais de 40 pessoas foram raptadas apenas no ano passado, incluindo cidadãos portugueses.
Apesar de o Governo não referir esse facto, a maioria das vítimas de rapto tem sido libertadas mediante o pagamento de elevadas quantias de resgate, segundo relatos da imprensa local.