O juiz José Castro considerou sem efeito a citação que convocava o ex-contabilista do Instituto Nóos a depor, na sequência da sua confissão de crimes económicos, que também incriminava o genro de Juan Carlos, Iñaki Undargarín.
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O contabilista que confessou ter cometido vários crimes económicos e incriminou Iñaki Undargarín, genro de Juan Carlos, nega-se a prestar declarações em tribunal sobre o alegado desvio de milhões de euros de fundos públicos espanhóis através do Instituto Nóos.
O advogado de defesa de Marco Antonio Tenreiro, antigo contabilista do Instituto Nóos, apresentou, esta quarta-feira, um pedido para que o juíz José Castro anule a citação para depor em tribunal.
Marco Antonio Tenreiro não pretende prestar mais esclarecimentos sobre a sua confissão feita à polícia anticorrupção espanhola.
As autoridades suspeitam de que Iñaki Urdangarín e Diego Torres, o seu sócio, montaram uma rede de empresas para desviar fundos públicos do Instituto Nóos, entidade que, entre 2004 e 2007, recebeu pelo menos 5,8 milhões de euros de várias administrações públicas, nomeadamente do Governo das Baleares e da Generalitat Valenciana.