O juiz José Castro, que investiga o caso Urdangarín, adiou, esta sexta-feira, a declaração da infanta Cristina, constituída arguida por alegadamente ter "cooperado" com o marido em supostos desvios de dinheiros feitos através do Instituto Nóos.
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Inicialmente agendada para o próximo dia 27 de abril, a declaração da infanta não deverá acontecer antes do verão.
A suspensão decorre do recuso ontem apresentado pelo fiscal anti-corrupção contra a decisão do juiz de Palma de Maiorca.
Num texto de 20 páginas, Pedro Horrach argumenta que é "discriminatório" acusar a filha de D. Juan Carlos com as provas disponíveis. "Não existe absolutamente nenhum indício incriminatório" pode ler-se no documento, que procura demonstrar a inconsistência da decisão do juiz, uma vez que se "baseia essencialmente nos mesmos factos que foram desvalorizados há um ano devido à sua debilidade".
Entretanto, o aumento da pressão pública sobre a Casa Real levou a Coroa espanhola a pedir para ser incluída na futura lei de transparência que o Governo de Mariano Rajoy está a preparar. No entanto, o controlo da Casa do Rei "não será pleno".