O tribunal superior britânico recusou, esta quarta-feira, o recurso do fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, contra um pedido de extradição das autoridades suecas por alegações de violação.
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Dois juízes tornaram pública a decisão, três meses e meio depois das audiências no mesmo tribunal, perante o qual Julian Assange refutou novamente as acusações de coerção sexual e violação por parte de duas mulheres suecas.
A sentença confirma a deliberação do tribunal de Belmarsh, em primeira instância, de dar provimento, em Fevereiro, ao mandado de detenção europeu emitido pela justiça sueca.
O australiano, de 40 anos, tem agora 14 dias para pedir um recurso ao Supremo Tribunal britânico, mas só se este considerar que a questão é de "importância pública".
No eventualidade de ser rejeitado pelo tribunal de última instância, a lei determina que a extradição para a Suécia seja efectuada num prazo de dez dias.
Julian Assange pode ainda pedir que o caso seja analisado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
O fundador do WikiLeaks tornou-se numa figura pública depois de o portal ter publicado no ano passado milhares de documentos secretos, nomeadamente telegramas diplomáticos norte-americanos.
O australiano encontra-se sob medidas de coação que implicam o uso de uma pulseira electrónica e que permaneça numa residência no oeste de Inglaterra, a cerca de 200 quilómetros de Londres.