Os juros da dívida de Portugal estão, esta terça-feira, a aliviar, mas em Espanha e na Itália encontram-se pressionados em todos os prazos, condicionados pelas dúvidas e incertezas que a ajuda financeira à banca espanhola levantou nos países periféricos.
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Os investidores estão apreensivos pois a solução encontrada para ajudar financeiramente a banca espanhola a recapitalizar-se parece ter levantado "uma nova frente de discórdia" entre os países periféricos intervencionados, disseram analistas citados pela agência de informação financeira Bloomberg.
O auxílio aos bancos espanhóis, que poderá ir até 100 mil milhões de euros, sem "condições particularmente severas" impostas em termos orçamentais e de dívida à quarta maior economia da zona euro está também a preocupar os investidores que temem "o contágio" a outros países da área do euro, sobretudo à Itália e a Chipre, salientaram os mesmos analistas.
A condicionar os mercados está igualmente a indicação da agência de notação Fitch, que fez saber que a Espanha deverá falhar todas as metas orçamentais em 2012 e 2013.
Os investidores estão hoje apreensivos, enquanto aguardam pelos pormenores sobre a ajuda financeira à banca espanhola, sublinharam ainda os analistas citados pela Bloomberg.
Cerca das 09:30, os juros da dívida soberana portuguesa a dois anos registavam uma descida para os 9,209 por cento, dos 9,244 por cento de segunda-feira.
A cinco anos, os juros da dívida soberana de Portugal recuavam para os 11,797 por cento, enquanto a 10 anos, baixavam para os 10,609 por cento.
Por sua vez, os juros exigidos pelos investidores para comprar dívida de Espanha no mercado secundário situavam-se pressionados a dois e cinco ano.
Já a dez anos, negociavam-se em máximos históricos nos 6,88 por cento, quando no dia anterior se situavam nos 6,508 por cento.
Na Itália, os juros seguem a subir em todas as maturidades, o mesmo se passando na Grécia, no dia em que há uma emissão de Bilhetes do Tesouro a seis meses, no montante indicativo de 1.250 milhões de euros.