Parlamentares abrem caminho à recruta de jovens a partir dos 25 anos e de condenados. De fora ficou a cláusula que permitiria a desmobilização após 36 meses de combate.
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O Parlamento ucraniano aprovou hoje, com uma maioria de 283 votos, uma lei de mobilização que vem alterar as regras de recrutamento de civis, e que visa ampliar as fileiras na frente de combate, tendo em conta que as forças russas superam até dez vezes o número de soldados no campo de batalha no leste do território ucraniano. Depois de o presidente Volodymyr Zelensky ter assinado, na semana passada, uma disposição que veio reduzir a idade mínima de recutamento masculino de 27 para 25 anos, o diploma abre caminho à recruta de centenas de milhares de reforços – ainda que o número não tenha sido especificado –, nomeadamente ao ampliar os pagamentos para aqueles que se voluntariam e ao permitir que alguns condenados sejam incorporados.
Depois de uma versão inicial do projeto de lei ter sido rejeitada em janeiro, tal como uma versão revista apresentada em fevereiro, o debate foi finalmente encerrado esta quinta-feira, com a aprovação da lei em segunda leitura. Excluída do diploma ficou, por pressão dos comandantes ucranianos, uma cláusula de desmobilização que permitiria aos militares deixarem o serviço depois de 36 meses de combate.