O governo ucraniano saudou esta quarta-feira o anúncio feito por Washington sobre a participação da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, na próxima cimeira sobre a paz na Ucrânia.
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"É uma notícia importante que a participação da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, tenha sido confirmada na cimeira de paz que terá lugar nos dias 15 e 16 de junho na Suíça", disse Andriy Yermak, chefe do gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Foram igualmente a anunciadas duas reuniões entre Zelensky e seu homólogo americano Joe Biden.
A Casa Branca anunciou, na terça-feira, que a vice-presidente Kamala Harris viajará para Lucerna, na Suíça, no dia 15 de junho para representar o seu país na Conferência de Paz para a Ucrânia.
De acordo com um comunicado da presidência dos Estados Unidos, nesta sua deslocação Harris deverá destacar "o compromisso do Governo Biden-Harris em encorajar os esforços da Ucrânia para garantir uma paz justa e duradoura, baseada na soberania da Ucrânia, na integridade territorial e nos princípios da Carta das Nações Unidas".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidou o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, que participará na cimeira do G7 em Itália pouco antes, a prolongar a sua estadia na Europa e a comparecer pessoalmente na conferência na Suíça.
O presidente democrata - que está em campanha para um segundo mandato - decidiu, no entanto, regressar aos Estados Unidos, após a cimeira do G7, para participar numa operação de angariação de fundos na Califórnia.
Mais de uma centena de países e organizações comprometeram-se a participar nesta conferência de paz na Suíça, segundo Zelensky, para a qual a Rússia não foi convidada.
"Cento e sete países e organizações internacionais confirmaram sua participação na Cimeira de Paz", declarou o porta-voz do gabinete presidencial ucraniano, Serguei Nikiforov, em declarações citadas pela agência noticiosa ucraniana Ukrinform.
O presidente ucraniano espera recolher na cimeira apoio para o maior número de pontos da sua "fórmula de paz", um documento de 10 pontos que inclui exigências como a retirada total das tropas russas do seu território, o restabelecimento da segurança alimentar e nuclear ou a libertação de todos os prisioneiros de guerra de ambos os lados.
Zelensky também explicou que a cimeira procurará um acordo para o retorno das crianças ucranianas deportadas dos territórios ocupados pela Rússia.
A Ucrânia planeia entregar a Moscovo os documentos aprovados, de forma a pressionar o país invasor a por termo à guerra.