O líder da Renamo, Afonso Dlhakama, reapareceu, esta quinta-feira, nas matas da serra da Gorongosa, na província de Sofala (centro de Moçambique), e garantiu que vai cumprir o acordo de cessar-fogo.
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Dlhakama surgiu nas imediações da base de Sadjundjira, onde foi desalojado pelo exército em outubro do ano passado.
"Não haverá mais disparos, a paz regressou. Ganhou o país e ganhou a democracia", afirmou o líder da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), o principal partido da oposição moçambicana.
Afonso Dlhakama, que esteve em parte incerta durante um ano e meio, convidou hoje os investidores estrangeiros a regressarem a Moçambique, assegurando aos embaixadores, que estão acompanhar o seu reaparecimento, que vai cumprir com a sua palavra e respeitar o cessar-fogo.
Uma delegação que integra os embaixadores de Portugal, Itália, Estados Unidos da América (EUA), Botsuana e a comissária da Grã-Bretanha estão, desde esta manhã de quinta-feira, na vila da Gorongosa, para acompanhar o líder do partido.
"Está tudo a postos para que o líder venha hoje começar publicamente a sua campanha, em contacto direto com o eleitorado", disse à Lusa Ivone Soares, deputada da Assembleia da República pela Renamo.
Um forte contingente policial deverá escoltar a delegação, que vai acompanhar o líder da Renamo na viagem para Maputo, onde, na sexta-feira, terá um encontro com o presidente moçambicano, Armando Guebuza.