Lula da Silva começará, esta quinta-feira, uma maratona de reuniões na primeira viagem oficial à China desde o início do terceiro mandato. O presidente e a comitiva brasileira, que chegaram esta quarta-feira a Xangai, terão diversos encontros, com especial atenção à economia, já que o gigante asiático é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. A guerra na Ucrânia também deverá ser tema de discussão.
Corpo do artigo
O primeiro compromisso de Lula será a cerimónia de posse de Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS, grupo de economias emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A ex-chefe de Estado e economista terá um mandato de dois anos na instituição.
O presidente brasileiro visitará ainda as instalações da Huawei, líder na tecnologia de Internet 5G. Lula terá reuniões com executivos da fabricante de veículos elétricos BYD e do grupo China Communications Construction Company. Antes de partir para Pequim, o chefe de Estado vai jantar com o líder local do Partido Comunista Chinês (PCC), Chen Jining.
Agenda cheia em Pequim
Já na capital, Lula da Silva reunir-se-á, na sexta-feira, com o diretor executivo da State Grid, estatal chinesa do setor elétrico presente no Brasil que, em Portugal, possui 25% da REN. O líder brasileiro encontrará o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.
Após uma cerimónia na Praça Tiananmen, Lula terá uma reunião com o primeiro-ministro Li Qiang. No final da tarde de sexta-feira (9.45 horas em Lisboa), o chefe de Estado do Brasil encontrar-se-á com o presidente chinês e secretário-geral do PCC, Xi Jinping. Ao comentar a guerra na Ucrânia, a 6 de abril, Lula expressou confiança na criação, no seu regresso da China, de um grupo paradiscutir a paz.