O exército macedónio iniciou a construção de uma segunda vala na fronteira com a Grécia, para reforçar a barreira já existente e impedir a passagem de imigrantes ilegais.
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O governo da Macedónia tomou esta decisão devido às numerosas passagens ilegais registadas nos últimos meses, confirmou à agência Efe fonte militar.
A Antiga República Jugoslava da Macedónia (FYROM), principal via da designada Rota dos Balcãs, proibiu em novembro a passagem a todos os migrantes que não possuam nacionalidade síria, iraquiana e afegã, os únicos que são reconhecidos de imediato como refugiados.
Desde então, as autoridades referem ter impedido 20 mil passagens ilegais, 4 mil das quais registadas em janeiro, segundo dados do Ministério do Interior.
"Estamos a construir uma nova vala na parte sul da linha de fronteira com a Grécia. Ainda não podemos referir o seu comprimento, mas decerto que terá mais de 20 quilómetros, mais ou menos como a primeira", assinalou à agência Efe o porta-voz do exército macedónio, Toni Janevski.
Diversos media locais referiram que a nova barreira poderá alcançar 37 quilómetros e está a ser construída em paralelo à existente, a cerca de cinco metros de distância.
"Outro objetivo da segunda vala consiste em dar à polícia tempo adicional para atuar contra as tentativas de cruzar ilegalmente a fronteira", acrescentou.
Agentes da polícia da Sérvia, Croácia, Eslovénia, Hungria, Áustria, Eslováquia e República Checa estão a promover patrulhas conjuntas com as forças de segurança da Macedónia com o objetivo de impedir as passagens ilegais e organizar as travessias dos refugiados.
Na semana passada, responsáveis destes países decidiram numa reunião impedir a passagem de refugiados da Síria, Iraque ou Afeganistão que não possuam passaporte.
Após o encerramento das fronteiras aos designados imigrantes económicos, aumentou o número de pessoas que recorrem às mafias locais para obter passaportes falsos e tentar cruzar a fronteira.
A guarda fronteiriça de Skopje informou que nas últimas 24 horas permitiu a passagem de 2800 pessoas.