Cerca de 190 migrantes retidos desde segunda-feira na ilha turística de Kea, na Grécia, estão desde esta quinta-feira em quarentena num hotel abandonado, devido a uma suspeita da Covid-19 dentro do grupo, afirmou o vice-presidente local.
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O petroleiro em que seguiam ficou preso devido a uma tempestade na segunda-feira, junto ao porto de Kea. Entre os 190 refugiados, estão 39 menores, a maioria do Afeganistão, Irão e Somália, e uma pessoa com febre foi levada para Atenas para fazer um teste ao novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19, disse o vice-presidente da ilha, Eleftherios Tzouvaras, à Afp.
Três mulheres grávidas e um refugiado ferido na perna foram também levados para a capital, enquanto três homens suspeitos de contrabando foram presos, acrescentou.
O restante grupo, atendido pelo pessoal da Cruz Vermelha, ficou em quarentena por 14 dias num hotel abandonado, no porto de Korissia "inadequado" para os refugiados, segundo o responsável.
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Questionado pela agência de notícias francesa, o porta-voz do ministério das Migrações anunciou esta quinta-feira a transferência dos mesmos, "até domingo", para "campos como o de Malakasa", a cerca de quarenta quilómetros de Atenas, para onde foram transferidos dezenas de migrantes recém-chegados a Lesbos.
"Vários dias já passaram desde a chegada e não tiveram contacto com a população local", afirmou o porta-voz do ministério, garantindo que todas as precauções estão a ser tomadas, inclusive o transporte para o continente.
Já o vice-presidente local sublinhou que estão numa "pequena ilha turística" e que o grupo de refugiados "representa 10% da população", não tendo "infraestruturas para acomodá-los".
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