Mais de 1300 estrangeiros em situação ilegal foram expulsos de Angola na última semana de junho, um aumento de quase 400 casos numa semana.
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Os números dizem respeito ao período entre 25 de junho e 01 de julho, com o SME a informar que "afastou" de Angola, por via administrativa e judicial, 1.369 estrangeiros que residiam no país "em situação migratória ilegal".
Este registo corresponde a um aumento de 377 casos em cerca de uma semana, muito acima da média de 1.000 expulsões semanais de 2014, de acordo com dados anteriores do SME.
Além disso, indicam os números oficiais do SME, estão contabilizados atualmente, através dos Centros de Detenção de Estrangeiros Ilegais, 610 cidadãos detidos por situação migratória irregular e que "aguardam o regresso para os respetivos países de origem".
São maioritariamente (279) da República Democrática do Congo (RDCongo), mas há também 82 cidadãos da Guiné-Conacri na mesma situação, de acordo com os mesmos dados.
Segundo informações que as autoridades angolanas vão tornando públicas, um dos focos da incidência destas situações de permanência ilegal no país acontece no interior norte de Angola, com centenas de cidadãos da vizinha RDCongo detidos no garimpo, também ilegal, de diamantes.
Nesse sentido, o SME afirma ter em curso uma "campanha de sensibilização" na província diamantífera da Lunda Norte, onde "houve uma redução de 8.790 cidadãos congoleses [RDCongo]", que abandonaram voluntariamente aquele território.
Ainda segundo o balanço mais recente do SME, no mesmo período, por infrações migratórias, foram aplicadas multas a 106 cidadãos e 15 empresas.