Pelo menos 36 pessoas morreram, incluindo 15 civis e cinco soldados, durante um ataque contra uma base militar no noroeste do Paquistão na terça-feira à noite, anunciou o Exército.
Corpo do artigo
O ataque ocorreu por volta das 18.30 horas locais (14.30 horas em Portugal continental) e teve como objetivo uma unidade militar no distrito de Bannu, região de Khyber Pakhtunkhwa.
O ataque foi reivindicado pelo grupo Jaish Al-Fursan, ligado aos talibãs paquistaneses.
Os atacantes fizeram explodir dois veículos armadilhados para destruírem o muro exterior da base militar, após o que se seguiu um confronto com as forças de segurança, informou o gabinete de imprensa do Exército.
De acordo com um comunicado militar, 16 atacantes foram mortos na sequência da explosão e dos confrontos que se seguiram.
O mesmo documento indica que morreram cinco soldados paquistaneses.
Segundo o Exército, as explosões provocaram o desmoronamento parcial do muro exterior da base, danificando casas e uma mesquita no exterior, provocando a morte de 15 civis e ferindo 32 pessoas.
O Ministério do Interior do Paquistão expressou as condolências às famílias dos mortos acrescentando "que seis terroristas foram mortos no ataque".
A base militar de Bannu foi alvo de uma tentativa de ataque semelhante em julho do ano passado.
No ataque de 2024 morreram oito soldados paquistaneses e dez atacantes sendo que Exército atribuiu a ação armada a um outro grupo também ligado aos talibãs paquistaneses.
A zona de Khyber Pakhtunkhwa faz fronteira com o Afeganistão juntamente com a província do Baluchistão, que também faz fronteira com o território afegão, uma das zonas mais problemáticas do Paquistão.
Nos últimos anos registou-se um aumento da violência, especialmente desde que os talibãs tomaram o poder no Afeganistão, em agosto de 2021.
De acordo com o último relatório anual do Centro de Investigação e Estudos de Segurança do Paquistão, pelo menos 685 membros das forças de segurança foram mortos em 444 ataques em 2024.