Representantes de cinquenta "acampadas" que decorrem actualmente em toda a Espanha estão este sábado reunidos em Madrid para estudar novas acções em torno ao "Movimento 15 de Maio", entre as quais uma possível marcha de um mês.
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Trata-se do primeiro "encontro estatal" de acampadas, convocado pelo movimento que pretende consolidar os êxitos das várias iniciativas já levadas a cabo nas últimas semanas, tanto nas redes sociais e internet como mobilizando reuniões em praças de várias localidades e municípios.
Entre as várias propostas a ser analisadas conta-se uma ideia que surgiu na Praça da Catalunha, Barcelona, de realizar uma marcha de um mês que começaria a dia 15 de Junho e terminaria com uma grande concentração na Puerta del Sol, em Madrid, a 15 de Julho.
Outra das ideias apresentadas este sábado, que teve origem nas acampadas da Andaluzia, é a da realização de protestos à frente das autarquias no próximo dia 11, data da tomada de posse dos eleitos nas eleições locais de 22 de Maio.
As propostas mais consensuais serão apresentadas à assembleia-geral marcada para as 12 horas (11 em Lisboa) de domingo na Puerta del Sol.
No encontro deste sábado foram ainda analisados os vários problemas com que se confrontam as "acampadas", numa altura em que as opiniões se dividem, com alguns a quererem abandonar essa forma de protestos e outros a defenderem a sua permanência indefinida.
As divisões são especialmente evidentes no coração dos protestos, a Puerta del Sol de Madrid, onde o debate sobre o futuro da "acampada" se arrasta há vários dias sem solução à vista ou consenso sobre o que fazer e quando.
Uma situação que se torna mais premente dadas as fortes pressões dos comerciantes da zona e das autoridades regionais e locais de Madrid para que o Governo central ordene a retirada do acampamento da praça.
Este movimento nasceu nas redes sociais e protesta contra a situação social e laboral precária espanhola.