A falta de alimentos e de cuidados médicos resultou na morte de 63 pessoas, incluindo mulheres e crianças, no campo de refugiados palestinianos de Yarmuk, no sul de Damasco, referiu esta sexta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
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Em paralelo, e ainda de acordo com a ONG com sede em Londres, prosseguiam intensos combates e bombardeamentos em várias zonas da Síria, enquanto as conversações de paz Genebra II, que decorrem na Suíça, pareciam bloqueadas.
"O número de pessoas mortas no campo de Yarmuk devido a uma penúria alimentar eleva-se a 63", referiu o OSDH, que se apoia numa rede de militantes e pessoal médico no terreno.
À semelhança de diversas regiões na Síria sob controlo rebelde, o campo de Yarmuk permanece desde junho cercado pelo exército sírio.
As condições degradaram-se nos últimos meses e apenas no sábado foi possível enviar, pela primeira vez desde setembro, alguma ajuda alimentar.
A responsável da ONU pelos direitos humanos, Navi Pillay, já advertiu que os entraves colocados pelas forças pró-governamentais ao envio de ajuda para Yarmuk pode ser considerado um crime de guerra.
Segundo diversas organizações internacionais, a guerra na Síria, que se prolonga desde março de 2011, já vitimou mais de 130 mil pessoas e originou milhões de deslocados e refugiados.