A jovem paquistanesa Malala Yousafzai, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato dos talibãs, encontrou-se, este domingo, na capital federal da Nigéria, Abuja, com pais das mais de 200 estudantes raptadas pelos radicais islâmicos do Boko Haram.
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A premiada com o Sakharov para os direitos humanos deve reunir-se na segunda-feira com o presidente Goodluck Jonathan, precisamente três meses depois do sequestro das raparigas em Chibok, no nordeste da Nigéria, declarou um elemento da sua comitiva.
A jovem, que em maio pediu à comunidade internacional e à Nigéria para agirem no sentido de as estudantes, suas "irmãs", serem libertadas, encontrou-se separadamente com dirigentes do movimento "BringBackOurGirls" (Devolvam-nos as nossas raparigas) e com uma dezena e meia de pais de estudantes, assim como com cinco jovens nigerianas que conseguiram escapar aos seus raptores.
"A situação em Chibok é a mesma que em Swat (no Paquistão), onde extremistas impediram mais de 400 raparigas de irem à escola", disse Malala ao escutar as sobreviventes a contarem a sua história.
Swat é a região do noroeste do Paquistão onde Malala foi atingida a tiro na cabeça pelos talibãs por se ter defendido a educação das raparigas.
"Penso que as vossas vozes são mais poderosas que qualquer arma. Tenham confiança em vós e prossigam a vossa viagem. Continuem a estudar e terão sucesso, porque nós tivemos. Swat está em paz. Todas as raparigas vão à escola. Do mesmo modo, um dia todas vocês irão à escola", adiantou.