Manadas de elefantes têm vindo a destruir culturas agrícolas e a provocar receio junto de alguma população do município de Cuanhama, no sul de Angola, segundo relatos que surgiram nos últimos dias na imprensa local.
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O administrador da comuna de Oshimolo, na província de Cunene, citado pela agência de notícias angolana Angop, explicou que estes elefantes estão a destruir várias culturas da população local, como cereais e abóboras.
De acordo com Ilídio João de Deus Shiepo, naquela comuna do município de Cuanhama teme-se também pela integridade física dos camponeses.
A situação verifica-se desde abril e, no terreno, a administração local e as autoridades tradicionais, em colaboração com o Instituto de Defesa Florestal (IDF), estão a tentar definir mecanismos para proteger a população e os seus bens, assim como os próprios elefantes, relatou ainda.
Segundo técnicos do IDF, os animais estarão naquela zona à procura de água e da segurança natural que a região oferece.
Entretanto, as autoridades locais têm pedido à população para não fazer qualquer ataque direto aos elefantes.
Só a comuna de Oshimolo abrange uma área de três mil quilómetros quadrados e dista cerca de 130 quilómetros da cidade de Ondjiva, capital da província Cunene, contando com uma população estimada superior a 20 mil habitantes.
Este tipo de ataques por elefantes é recorrente em Angola.
Em setembro de 2013 foi relatada a destruição de culturas no Mulondo, na província de Huíla, vizinha de Cunene, também no sul do país.
Na altura, segundo relatou a agência pública angolana, manadas de elefantes - compostas geralmente por uma centena de animais - destruíram casas e culturas na região.
Algumas destas manadas são oriundas do Parque Nacional do Bicuar, na província de Huíla.