O presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, condenou a "ideologia perversa e venenosa" dos três autores dos atentados de sábado na capital britânica, abatidos pela polícia depois de matarem sete pessoas e ferirem 48.
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Numa conferência de imprensa conjunta com a comandante da polícia londrina, Cressida Dick, em Borough, um dos locais atacados, Sadiq Khan qualificou os atentados de ato "cobarde e cruel".
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Khan, primeiro presidente da câmara de Londres muçulmano, disse sentir-se "zangado e furioso" por os três atacantes, cuja identidade foi determinada pela polícia, mas ainda não divulgada, terem tentado justificar os seus atos com a religião islâmica.
Os ataques de sábado à noite foram reivindicados no domingo pelo grupo extremista Estado Islâmico.
"Estou zangado e furioso porque estes três homens tentaram justificar as suas ações usando a fé que eu também professo", disse. "A ideologia que seguem é perversa e venenosa e não tem lugar no Islão", acrescentou.
Khan assegurou que "Londres não se vai deixar amedrontar pelo terrorismo" e que todos devem trabalhar juntos, porque "os terroristas querem atacar o nosso modo de vida".
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A três dias das eleições legislativas antecipadas no Reino Unido, o presidente da câmara, trabalhista, criticou os planos do governo conservador para reduzir 400 milhões de libras (459 milhões de euros) ao orçamento para a polícia e comprometeu-se a combater esses planos.
A comissária da polícia disse por seu turno que as forças policiais estão a desenvolver todos os esforços para "averiguar o que está por trás do atentado" e para "manter seguro o país".
Cressida Dick elogiou a resposta dos agentes policiais aos ataques de sábado e "a coragem" dos cidadãos de Londres, que hoje retomaram as suas vidas com aparente normalidade.
Em resposta a uma pergunta dos jornalistas, a comissária admitiu que na sequência dos ataques deste ano - em Westminster em março, em Manchester há duas semanas e em Londres no sábado - é necessária uma "revisão geral" da "estratégia, táticas e recursos disponíveis" para combater o terrorismo.
Considerou, no entanto, que armar todos os agentes "não é uma opção sensata" e que a melhor solução é "ter polícias armados capazes de se deslocarem em Londres 24 por dia".