O Governo do México ordenou, na terça-feira, uma investigação às alegações de que os EUA espiaram as mensagens de correio eletrónico do atual presidente e do seu antecessor, naquela que é a última complicação diplomática associada à espionagem norte-americana.
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A notícia, nascida das revelações de um antigo subcontratado da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em Inglês), Edward Snowden, foi conhecida depois de se saber que, também em França, as agências de espionagem dos EUA monitorizaram milhões de chamadas telefónicas.
Esta última informação levou a França a dizer aos EUA para pararem de espiar os seus cidadãos.
Os protestos das diplomacias da Cidade do México e de Paris colocaram Washington numa posição difícil, uma vez que estes seus aliados colaboram em quase tudo, das investigações sobre o terrorismo à guerra das drogas.
O presidente mexicano, Enrique Pena Nieto, ordenou uma investigação "exaustiva" às alegações de que a NSA espiou o seu correio eletrónico, quando se estava a candidatar à Presidência em 2012.
Pena Nieto disse também que o anterior presidente, Felipe Calderon, tinha sido espiado pelos EUA enquanto esteve no cargo.
A investigação mexicana vai apurar se a espionagem ocorreu de facto e se houve cumplicidades locais, disse o ministro do Interior, Miguel Angel Osorio Chong.
As alegações de que Calderon foi espiado desde maio de 2010 foram feitas pelo semanário alemão "Der Spiegel", depois de o jornalista norte-americano Glenn Greenwald ter feito relatos semelhantes, em setembro, sobre a espionagem de Pena Nieto pela NSA.