A demissão da ministra belga da Mobilidade foi aceite, esta sexta-feira, na sequência de uma polémica sobre alertas alegadamente ignorados sobre a falta de segurança no aeroporto feitos pela Comissão Europeia.
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Em conferência de imprensa, Jacqueline Galant notou que "já não podia trabalha com serenidade" e manifestou-se chocada com a renúncia do diretor do Serviço Federal de Mobilidade, Laurent Ledoux.
"Esta combinação fez acreditar que eu fui laxista, o que me magoou profundamente. Eu sempre acreditei na nobreza da política e é o interesse do cidadão que prevalece", afirmou a ministra demissionária para justificar a sua saída.
A demissão surgiu depois de notícias acerca de relatórios da Comissão Europeia sobre a segurança dos aeroportos belgas e que Jacqueline Galant terá ignorado.
Jacqueline Galant era uma das protagonistas de uma controvérsia, depois de ter sido pressionada pelo governo para desbloquear meios, no âmbito de uma ameaça de ataque terrorista e confrontada agora com a existência de auditorias da Comissão.
O primeiro-ministro belga tinha afirmado, com base em informações do gabinete de Galant, que o executivo não tinha conhecimento, mas um jornal belga publicou, entretanto, a existência dos documentos no ministério da Mobilidade.
No encontro diário com a imprensa, Alexander Winterstein, porta-voz do executivo comunitário, recordou a prática de não comentar alterações em governos nacionais e revelações de documentos.
Por seu lado, o porta-voz para os Transportes, Jakub Adamowicz, sublinhou haver regulamentos europeus e inspeções surpresa a infraestruturas para garantir "os níveis elevados de segurança" no setor da aviação da União Europeia. A mesma fonte indicou que quando se detetam problemas, "há mecanismos de retificação".