A mulher de Pierre Korkie, o professor sul-africano que foi, este sábado, morto no Iémen pela al-Qaeda na sequência de uma frustrada operação militar dos EUA lançada para salvar um refém norte-americano, está devastada, segundo uma organização não-governamental. O marido seria libertado no domingo.
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"A devastação psicológica e emocional para (a sua mulher) Yolande e sua família é agravada pelo conhecimento de que Pierre (Korkie) ia ser libertado pela al-Qaeda amanhã (domingo)", salientou a ONG Gift of the Givers, citada pela agência de notícias francesa AFP.
Pierre Korkie foi sequestrado por militantes da al-Qaeda no Iémen há mais de um ano, e a sua libertação tinha sido negociada entre a organização terrorista e a ONG.
O sequestro ocorreu na segunda maior cidade do Iémen, Taiz, em maio de 2013, e Yolande Korkie também foi feita refém na altura, tendo sido libertada em janeiro graças à mediação da Gift for Givers.
O casal sul-africano trabalhava há quatro anos no Iémen, antes do sequestro, onde dava aulas.
Além de Pierre Korkie, também morreu o fotojornalista norte-americano Luke Somers durante a operação realizada às primeiras horas de sábado no Iémen, tendo a informação já sido confirmada oficialmente.
"As forças especiais dos Estados Unidos levaram a cabo uma missão no Iémen para libertar um cidadão americano, Luke Somers, e quaisquer outros cidadãos estrangeiros que, juntamente com ele, estivessem sequestrados pelos terroristas da al-Qaeda", disse, em comunicado, o secretário da Defesa americano, Chuck Hagel, de visita ao Afeganistão.
"Tanto Somers como um refém não americano foram assassinados pelos terroristas da al-Qaeda no decurso da operação", certificou.
Dez militantes da al-Qaeda terão também sido mortos na operação, realizada na província de Shabwa, no sudeste do Iémen.