Segundo dia consecutivo de bombardeamentos entre Telavive e Teerão. Já foram registados cerca de 80 mortos no Irão e pelo menos três em Israel. Entre os mortos, estão dezenas de crianças e generais de topo iranianos.
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O exército israelita afirmou, nesta madrugada, ter atingido a sede do Ministério da Defesa iraniano, infraestruturas ligadas ao "projeto de armas nucleares" e outros alvos, enquanto as nações rivais trocavam disparos de mísseis pelo terceiro dia consecutivo.
O exército israelita afirmou que a sua força aérea tinha acabado de "concluir uma extensa série de ataques baseados em informações de inteligência contra vários alvos em Teerão relacionados com o projeto de armas nucleares do regime iraniano", bem como contra camiões-cisterna de combustível.
"Os alvos incluíram a sede do Ministério da Defesa iraniano, a sede do projeto nuclear SPND (Organização de Inovação e Investigação Defensiva) e outros alvos" que, segundo Israel, contribuíram para os esforços do Irão para obter uma arma nuclear.
A segunda ronda de ataques iranianos da madrugada deste domingo contra Israel foi direcionado a centros de reabastecimento de aviões de combate, afirmou a Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica.
"As instalações de produção de combustível para os aviões de combate e centros de abastecimento de energia (...) foram atacados por drones e mísseis", indicou o corpo de elite iraniano.
Uma série de explosões foi ouvida neste domingo na capital do Irão por jornalistas da AFP, sem que se soubesse de imediato a origem, durante os ataques militares entre a República Islâmica e Israel.
O Irão lançou, durante a noite de sábado para domingo, uma barragem de drones e mísseis contra Israel, em resposta aos ataques que este último vem a realizar desde sexta-feira em território iraniano. Dois depósitos de combustível em Teerão foram os principais alvos de Israel.
Um míssil israelita atingiu um depósito de petróleo perto de Teerão, capital do Irão, este sábado à noite. O ministro Mohsen Paknejad disse, segundo a imprensa iraniana, que a "situação está controlada".
O serviço de emergência de Israel, o "Magen David Adom", confirmou a morte de uma mulher na casa dos 20 anos, na sequência do ataque de míssil do Irão. A vítima estava na casa de dois andares, na Galileia Ocidental, atingida este sábado à noite. Pelo menos sete pessoas foram transportadas para o hospital.
O Irão confirmou o lançamento de "dezenas" de projéteis a partir de bases em Shiraz, Kashan, Qom e Lorestão, como parte da segunda vaga da Operação Promessa Verdadeira III, segundo noticiou a agência oficial iraniana IRNA.
Os serviços de emergência israelitas informaram que o impacto de um míssil iraniano numa casa na região de Haifa deixou 14 feridos, um dos quais em estado grave.
"As equipas registaram 14 feridos numa casa de dois andares na Galileia Ocidental, um dos quais em estado crítico e os restantes com diferentes níveis de ferimentos", declarou a agência israelita Magen David Adom, num comunicado.
Militares israelitas disseram no sábado que os cidadãos foram autorizados a deixar os abrigos onde tinham sido aconselhados a refugiar-se depois de o Irão ter lançado uma nova barragem de mísseis contra Israel.
"Após a avaliação da situação, o Comando da Frente Interna publicou que agora é permitido deixar espaços protegidos em todas as áreas do país e permanecer perto deles", disseram os militares em comunicado.
Os bombeiros israelitas informaram este sábado que foram atingidos edifícios residenciais e que deflagrou um incêndio nos distritos costeiros e do norte do país, depois de o Irão ter lançado uma nova barragem de mísseis.
“Vários incidentes foram comunicados aos centros de comando dos serviços de bombeiros e de salvamento de Israel nos distritos costeiros e do norte, com impactos em edifícios residenciais e um incêndio numa área aberta”, afirmou o porta-voz dos serviços de bombeiros e de salvamento de Israel, Tal Volbovitz, em comunicado.
O Irão activou as defesas antiaéreas em várias regiões neste sábado à noite e Israel aconselhou os seus cidadãos a abrigarem-se antes de uma nova barragem de mísseis, numa altura em que os dois países trocaram ataques maciços no seu confronto direto mais feroz da história.
Hoje, Israel afirmou que estava a trabalhar simultaneamente para intercetar uma nova salva de mísseis disparados do Irão, ao mesmo tempo que levava a cabo ataques contra “alvos militares em Teerão”. Os militares israelitas disseram aos cidadãos para terem em conta os alertas aéreos e “entrarem num espaço protegido e aí permanecerem até nova ordem”. Entretanto, o Irão anunciou uma “nova vaga” de ataques contra Israel.
O embaixador de Teerão na ONU afirmou que 78 pessoas morreram e 320 ficaram feridas na primeira vaga de ataques israelitas de sexta-feira.
Israel disse que três pessoas foram mortas e 76 feridas pela barragem de drones e mísseis de retaliação do Irão durante a noite, que iluminou os céus de Jerusalém e Telavive.
A chefe da diplomacia europeia sublinhou, este sábado, junto do Governo iraniano, que a UE “sempre foi clara” na posição de que Teerão não deve ter armas nucleares.
"A UE sempre foi clara: o Irão nunca deve ser autorizado a adquirir uma arma nuclear", disse Kaja Kallas, numa mensagem nas redes sociais, após ter conversado com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi.
Para a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, "o risco de uma nova escalada na região é perigosamente alto". "A diplomacia deve prevalecer", instou Kaja Kallas, acrescentando: "Somente a diplomacia pode levar a uma solução duradoura. A UE está pronta para apoiá-la".
O Crescente Vermelho iraniano e os meios de comunicação social locais afirmam que um ataque israelita atingiu uma ambulância no noroeste do país, matando duas pessoas.
A agência noticiosa Tasnim noticiou uma explosão num quartel na cidade de Urmia, acrescentando que "os socorristas e as ambulâncias que se dirigiam para o quartel foram alvo de um ataque direto de Israel", provocando a morte de duas pessoas. O Crescente Vermelho confirmou a informação num breve comunicado.
Desde assassinatos a sabotagens e ciberataques, Israel tem sido responsabilizado ou tem reivindicado uma série de ataques contra o Irão. Na mira do país está a elite dos Guardas da Revolução Islâmica do Irão e o programa nuclear de Teerão. Leia mais AQUI.
A imprensa iraniana noticiou uma "explosão maciça", neste sábado, na sequência de um ataque de um drone israelita à refinaria de South Pars, na cidade portuária de Kangan, no sul do país.
“Há uma hora, um drone israelita atingiu uma das refinarias da Fase 14 de South Pars, causando uma enorme explosão e um incêndio na refinaria”, disse a agência noticiosa Tasnim, enquanto a agência Fars informou que os bombeiros estavam a trabalhar para extinguir um incêndio que tinha irrompido como resultado do ataque.
O exército israelita afirmou que matou mais de 20 comandantes da segurança iranianos desde o início dos ataques lançados na sexta-feira. "Desde o início da operação, mais de 20 comandantes do aparelho de segurança do regime iraniano foram eliminados", incluindo comandantes da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, disse o exército israelita, em comunicado.
Entre as altas patentes militares mortas por Israel, encontravam-se o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Mohammad Hossein Bagheripara, o chefe do Corpo da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, ou o responsável da Força Aeroespacial da Guarda, a Amir Ali Hajizadeh. Todos foram já substituídos pelo líder espiritual do Irão, Ali Khamenei.
Do lado iraniano, foram confirmadas as mortes de dois membros da Guarda Revolucionária, num ataque israelita perpetrado hoje contra uma base no centro do país, indicou a agência de notícias Tasnim. "Após um ataque brutal do regime sionista à base (...) em Zarandiyeh, dois membros da Guarda Revolucionária foram mortos", escreveu a Tasnim. Zarandiyeh fica a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Teerão.
Um outro ataque israelita, realizado por drone, matou o chefe da polícia de uma cidade no oeste do Irão e um polícia, informaram meios de comunicação locais. "Esta manhã, o chefe da polícia, major Habibollah Akbarian, e o polícia Amir-Hossein Seifi foram assassinados num ataque com um drone em Assadabad", cidade situada 310 quilómetros a oeste de Teerão, de acordo com a agência de notícias ISNA.
Os cidadãos portugueses residentes em Israel e no Irão estão bem, disse à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), indicando estar “a acompanhar atentamente a evolução” do conflito em curso desde sexta-feira. “Até ao momento, e segundo a informação de que dispomos, está tudo bem com os cidadãos nacionais residentes na região”, referiu fonte diplomática.
O Ministério, acrescentou, está “em contacto direto com os portugueses que se encontram na região, através do Gabinete de Emergência Consular e das embaixadas [portuguesas]”. “O MNE está a acompanhar atentamente a evolução da situação juntamente com as suas representações diplomáticas na região, em coordenação com os seus parceiros europeus”, referiu ainda a mesma fonte do Palácio das Necessidade.
O Governo reitera que estão desaconselhadas neste momento “todas e quaisquer viagens para o Médio Oriente, considerando a crescente tensão regional e perigo securitário”, uma mensagem já divulgada pelo MNE através das plataformas online, como o Portal das Comunidades.
O Governo português desaconselha todas as viagens para Israel e Irão dada a atual situação do conflito, segundo uma informação publicada no Portal das Comunidades Portuguesas.
“Tendo em consideração a atual situação de conflito entre Israel e o Irão desaconselham-se neste momento todas as viagens para a região”, lê-se na mensagem, divulgada através do portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
A embaixada de Portugal em Telavive disponibilizou um contacto de emergência consular (+ 972 54 5451172), “face à escalada do conflito entre Israel e o Irão e ao encerramento do espaço aéreo israelita”.
Este número destina-se “exclusivamente para questões de emergências e situações especiais diretamente relacionadas com o atual momento”, divulgou a embaixada portuguesa através das redes sociais, repetindo vários apelos aos cidadãos para que se mantenham seguros e respeitem as indicações das autoridades israelitas.
O Exército israelita afirmou, este sábado, que os seus ataques aéreos contra instalações nucleares iranianas no dia anterior resultaram na morte de nove importantes cientistas nucleares iranianos.
"Durante os ataques da força aérea israelita no início da Operação Leão Ascendente, nove cientistas e especialistas seniores, que impulsionavam o programa de armas nucleares do regime iraniano, foram eliminados", afirmou o Exército, em comunicado, listando os nomes dos mortos. "A sua eliminação representa um golpe significativo na capacidade do regime iraniano de adquirir armas de destruição maciça".
O Exército afirmou que os ataques foram realizados com base em "informações precisas recolhidas pela direção de inteligência".
As Forças Armadas de Israel disseram, este sábado, que os seus caças estavam prontos para retomar os ataques a alvos em Teerão, depois de anunciarem que atingiram as defesas aéreas na zona da capital iraniana durante a noite. "O caminho para o Irão foi pavimentado", disseram o chefe do Estado-Maior e o chefe da Força Aérea, segundo um comunicado do Exército. As Forças Armadas "estão a proceder de acordo com os seus planos operacionais, e os caças (da Força Aérea israelita) estão prontos para retomar os ataques a alvos em Teerão", acrescentou.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esperar que a escalada entre Israel e o Irão não resulte numa redução da ajuda militar a Kiev, de acordo com declarações publicadas este sábado. "Gostaríamos que a ajuda à Ucrânia não diminuísse por causa disto", disse. "Da última vez, este foi um fator que abrandou a ajuda à Ucrânia".
O secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, disse, este sábado, estar "alarmado" com os acontecimentos ocorridos durante a noite no conflito Israel-Irão. "Alarme com novos ataques no Médio Oriente durante a noite, com relatos de mortes e feridos em Israel. Precisamos urgentemente de reduzir a tensão e evitar mais danos a civis", escreveu Lammy no X (antigo Twitter), acrescentando que tinha falado com o seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, "para pedir calma".
Um ataque com mísseis iranianos feriu sete soldados no centro de Israel durante a noite, disse um porta-voz militar, este sábado, num dos vários bombardeamentos lançados em resposta ao ataque israelita a instalações militares e nucleares. "Sete soldados ficaram ligeiramente feridos na noite passada, em resultado de um ataque com mísseis iranianos no centro de Israel", disse o porta-voz.
O Governo sul-africano alertou que os ataques aéreos de Israel contra as instalações nucleares, militares e civis do Irão, na sexta-feira, poderão ter violado o direito internacional e manifestou preocupação com os riscos para a “segurança nuclear”.
"Estas ações levantam sérias preocupações à luz do direito internacional, incluindo os princípios da soberania, da integridade territorial e da proteção dos civis consagrados na Carta das Nações Unidas e no direito humanitário internacional", afirmou o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul (DIRCO, em inglês), em comunicado. "A África do Sul regista com particular preocupação as implicações para a segurança nuclear dos ataques nas proximidades de instalações nucleares", afirmou o DIRCO.
O Governo sul-africano recordou que "a legítima defesa antecipada, nos termos do artigo 51º da Carta das Nações Unidas, exige provas claras de um ataque armado iminente, o que não parece estar provado neste caso", e apelou para uma "resolução pacífica do diferendo".
O líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, nomeou, este sábado, um novo chefe da força aérea da Guarda Revolucionária para substituir o líder morto num ataque israelita. Num decreto, Khamenei nomeou Majid Mousavi para substituir Amirali Hajizadeh como comandante da força aeroespacial do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica.
O ministro da Defesa, Israel Katz, avisou, este sábado, que "Teerão vai arder" se o Irão disparar mais mísseis contra Israel, enquanto os dois arqui-inimigos trocavam bombardeamentos pelo segundo dia consecutivo. "O ditador iraniano está a transformar os cidadãos iranianos em reféns e a criar uma realidade na qual eles – especialmente os residentes de Teerão – pagarão um preço elevado pelos danos criminais causados aos civis israelitas", disse Katz, em comunicado. "Se Khamenei continuar a disparar mísseis contra a retaguarda israelita, Teerão vai arder".
A televisão estatal iraniana noticiou que um dos ataques israelitas de sexta-feira a Teerão, capital do país, causou a morte de pelo menos 60 pessoas, incluindo 20 crianças, depois de ter atingido um edifício residencial ligado ao Ministério da Defesa.
Pelo menos um míssil atingiu o complexo residencial Shahid Chamran, onde se situam os apartamentos dos funcionários do ministério, na madrugada de sexta-feira, destruindo-o parcialmente no nordeste da capital, de acordo com a Press TV, o canal internacional em inglês e francês da agência estatal iraniana Iranian Broadcasting Corporation (IRIB).
O exército israelita ainda não se pronunciou sobre a situação.
O aeroporto internacional Ben Gurion, em Israel, está encerrado até novas ordens, disse uma porta-voz, este sábado. "Não há data ou dia definido para a reabertura do aeroporto", disse a porta-voz do aeroporto, Lisa Diver, à AFP.
"Devido à atual situação especial de segurança, todos os voos de e para o Aeroporto Ben Gurion (LLBG) estão cancelados até novo aviso", lê-se numa mensagem na página da internet do aeroporto.
Dois generais de topo das forças armadas iranianas foram confirmados como mortos nos ataques israelitas ao país, informou hoje a televisão estatal iraniana. A televisão identificou as vítimas como o general Gholamreza Mehrabi, adjunto da chefia de informações do Estado-Maior das Forças Armadas, e o general Mehdi Rabbani, vice-chefe das operações, sem especificar onde estes responsáveis morreram.
Os ataques israelitas de sexta-feira causaram a morte de vários altos responsáveis das forças armadas iranianas, incluindo o chefe do Estado-Maior do Exército e o comandante da Guarda Revolucionária Iraniana.
As Forças Armadas de Israel anunciaram, este sábado, que visaram os sistemas de defesa aérea iranianos, numa vaga de ataques noturnos na região de Teerão.
“Durante a noite, a Força Aérea atacou dezenas de alvos, nomeadamente infraestruturas de mísseis terra-ar, no âmbito de uma operação destinada a destruir as capacidades de defesa aérea do regime na região de Teerão”, indicou o exército israelita em comunicado. “Pela primeira vez desde o início da guerra, a mais de 1500 quilómetros do território israelita, a Força Aérea atingiu instalações de defesa na região de Teerão”.
O Irão afirmou que as negociações nucleares com os Estados Unidos “não fazem sentido”, após os recentes ataques israelitas contra alvos militares e nucleares iranianos.
“A outra parte (EUA) agiu de forma a tornar o diálogo sem sentido”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, num comunicado citado por meios de comunicação locais. “Não se pode alegar que se está a negociar enquanto, ao mesmo tempo, se permite que o regime sionista (Israel) ataque território iraniano”, afirmou o diplomata.
Baghaei acusou Telavive de ter conseguido “influenciar” o processo diplomático e garantiu que o ataque israelita não teria ocorrido sem a permissão de Washington.
O Papa Leão XIV pediu, este sábado, “responsabilidade e razão” a Israel e ao Irão, dada a “grave deterioração da situação” entre os dois países, e defendeu um compromisso para um mundo livre da ameaça nuclear. “Nos últimos dias chegaram notícias profundamente preocupantes, dada a grave deterioração da situação entre o Irão e Israel neste momento tão delicado, e, por isso, desejo renovar veementemente o meu apelo à responsabilidade e à razão", afirmou Leão XIV, numa audiência na Basílica de São Pedro, no Vaticano, por ocasião do Jubileu.
O Papa salientou que “o compromisso com a construção de um mundo mais seguro, livre da ameaça nuclear, deve ser procurado através do encontro respeitoso e do diálogo sincero para construir uma paz duradoura, fundada na justiça, na fraternidade e no bem comum". “Nunca ninguém deve ameaçar a existência de outro e é dever de todos os países apoiar a causa da paz, abrindo caminhos para a reconciliação e promovendo soluções que garantam a segurança e a dignidade de todos”, acrescentou o chefe de Estado do Vaticano.
A Organização de Aviação Civil do Irão anunciou o cancelamento de todos os voos no país até nova ordem, na sequência de um ataque de Israel ao aeroporto nacional de Teerão. “Todos os voos em todos os aeroportos do país foram cancelados até novo aviso”, disse a agência num comunicado divulgado pela agência estatal IRNA. A medida foi tomada para “garantir a segurança dos passageiros”.
As autoridades iranianas tinham vindo a cancelar os voos até um determinado período e têm vindo a prolongá-lo, agora por tempo indeterminado.
O anúncio surge na sequência do ataque de hoje de manhã ao aeroporto de Mehrabad, que realiza voos domésticos. De acordo com a agência noticiosa IRNA, o ataque em Mehrabad teve como alvo um hangar de aviões de combate, mas, apesar de ter sido atingido por obuses, “não afetou pistas, edifícios ou instalações”.
As vagas de mísseis lançados pelo Irão contra Israel desde a noite de sexta-feira causaram pelo menos três mortos e dezenas de feridos, disse o serviço de emergência israelita.
Um porta-voz do Hospital Beilinson disse que uma mulher morreu e sete pessoas ficaram feridas após um ataque ter atingido um edifício na cidade de Telavive, na segunda onda de bombardeamentos iranianos.
Horas depois, um míssil iraniano caiu perto de casas na cidade central israelita de Rishon Lezion, matando duas pessoas e ferindo 19, de acordo com o serviço paramédico israelita Magen David Adom (MDA).
O Serviço de Bombeiros e Resgate de Israel referiu que quatro casas foram severamente danificadas.
Os serviços paramédicos de Israel disseram que 34 pessoas ficaram feridas num outro bombardeamento contra uma zona de Telavive, incluindo uma mulher que ficou gravemente ferida depois de ter ficado presa sob os escombros.
Em Ramat Gan, a leste de Telavive, um jornalista da agência de notícias Associated Press viu carros incendiados e pelo menos três casas danificadas, incluindo uma cuja fachada ficou quase totalmente destruída.
O Irão lançou uma quarta vaga de mísseis contra Israel, confirmaram a imprensa oficial iraniana, depois de o exército israelita já ter anunciado a identificação de lançamentos de novos mísseis a partir do Irão.
"Uma nova série de ataques no âmbito da Operação Promessa Honesta 3", informou a televisão estatal, referindo-se aos ataques de retaliação iranianos após os massivos ataques aéreos israelitas contra mais de 200 alvos no Irão na sexta-feira.
Pouco depois das 4.30 horas (2.30 horas em Portugal continental), o exército israelita informou que as sirenes de ataque aéreo foram ativadas "após a identificação de mísseis originários do Irão em direção ao Estado de Israel". As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) "estão a operar para intercetar e atacar onde for necessário para eliminar a ameaça", afirmou o exército, em comunicado.
Poucos minutos depois, o exército informou a população israelita de que a ameaça tinha passado e que poderiam "deixar as áreas de abrigo".
Mas as FDI voltaram a informar que tinham identificado novos mísseis lançados do Irão e, mais uma vez, instruíram os civis para se abrigarem. Entre o primeiro e o segundo alerta, que chegou pouco depois das 5 horas locais (3 horas), não passou mais de meia hora.
Os meios de comunicação israelitas locais noticiaram que soaram alarmes em áreas do norte do país.