Recém-nascido tinha sobrevivido ao trágico acidente, mas acabou por não resistir aos graves ferimentos.
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O bebé de três meses que sobreviveu ao atropelamento que tirou a vida aos pais e ao irmão acabou por não resistir aos ferimentos e também morreu, noticiou o “The San Francisco Standard”. O recém-nascido foi atropelado juntamente com a família quando os quatro se encontravam numa paragem de autocarro, na zona de West Portal, após um passeio.
O jornal norte-americano, que cita as autoridades locais, revela que o menino de três meses não aguentou os profundos ferimentos infligidos no atropelamento. O acidente resultou na morte imediata da portuguesa Matilde Ramos Pinto, de 38 anos, do marido, Diego Cardoso de Oliveira, e do filho mais velho, Joaquim, que tinha cerca de um ano e meio.
“Não tenho palavras”, expressou Myrna Melgar, supervisora da área onde ocorreu o acidente, referindo que no sábado à noite, quando ocorreu a tragédia, não conseguia “parar de chorar”. A condutora do veículo que se despistou, identificada como Mary Fong Lau, também sofreu ferimentos e continua internada, mas já está na mira das autoridades por suspeita de homicídio negligente.
Academia chocada
Bill Scott, chefe da Polícia de São Francisco, disse ontem que as autoridades ainda não fizeram um relatório toxicológico sobre a suspeita de 78 anos. “A investigação ainda está em andamento, então não me quero precipitar, disse o resposável. “Há muitas perguntas e as pessoas querem saber o que se passou”, acrescentou.
Matilde Ramos Pinto estava a viver nos EUA desde 2022 e trabalhava como produtora. Apesar de não haver qualquer reação da família, a notícia da morte da portuguesa foi recebida com choque. “É com consternação que recebemos a notícia da morte da produtora”, lamentou a Academia Portuguesa de Cinema, numa publicação nas redes sociais. A Academia descreve a produtora como “apaixonada pela representação”, tendo ainda dado alguns passos no teatro.
Participou nas curtas-metragens “Mama’s Purse” (2009) e “Found” (2011) e, depois de estudar em Londres, foi ainda produtora do filme “Dare to be Wild” (2015) de Vivienne De Courcy. Mais tarde foi representante de realizadores para as produtoras de publicidade Black Dog e RSA Films, esta última fundada pelos realizadores Tony e Ridley Scott.
A portuguesa, o marido e os filhos saíram de casa para celebrar o aniversário de casamento do casal num jardim zoológico da cidade.