O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussem, pediu, esta sexta-feira, às autoridades sírias para deixarem a ONU verificar no terreno as denúncias sobre a utilização de armas químicas.
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"É urgente que o regime sírio deixe a ONU investigar sobre o uso de armas químicas", disse Rasmussen na sua conta twitter.
Esta declaração surge pouco depois de as autoridades norte-americanas terem reconhecido pela primeira vez que o regime sírio recorreu ao uso de armas químicas nos ataques que fizeram cerca de 150 mortos.
"O uso de armas químicas pela Síria é totalmente inaceitável e constitui uma violação do direito internacional", disse Rasmussen, para quem este é um motivo de "grande inquietação".
Para o responsável da NATO, os mísseis Patriot colocados na fronteira sírio-turca "assegurarão uma proteção eficaz da Turquia contra qualquer ataque de mísseis sírios, químicos ou não".
A Casa Branca considerou, na quinta-feira, que uma "linha vermelha" tinha sido passada pela Síria e acusou o Presidente Bashar al-Assad de ter utilizado armas químicas, entre as quais gás sarin, anunciando, sem detalhar, um apoio militar aos rebeldes sírios.
Os Estados Unidos não esclareceram a forma que poderá tomar essa colaboração militar e adiantaram que não foi ainda tomada nenhuma decisão sobre uma zona de exclusão militar.
Até agora, Washington limitou-se a referir um aumento da sua ajuda não letal e a garantir que tomará "decisões no (seu) próprio ritmo".
Perante o avanço do exército sírio em zonas dominadas pelos rebeldes, está previsto um encontro para hoje, na Turquia, entre representantes dos países que apoiam a oposição síria e o chefe do Conselho Militar Supremo do Exército Sírio Livre, Sélim Idriss, para discutir uma "aplicação concreta" da ajuda à rebelião.
O líder da comissão de negócios estrangeiros da Duma (câmara baixa do parlamento russo), Alexei Pouchkov, acusou hoje os Estados Unidos de terem "inventado" as informações sobre o uso de armas químicas por parte do regime de Assad, "tal como fizeram em relação às armas de destruição maciça de (Saddam) Hussein" no Iraque.