Negócio em ascenção: fábrica no Irão faz bandeiras dos EUA e de Israel para queimar
A maior fábrica de bandeiras do Irão não tem mãos a medir com a procura de bandeiras de Israel, mas também dos Estados Unidos e Reino Unido, que os iranianos usam para queimar nos protestos.
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Após a morte do general Qassem Soleimani, por ordem do presidente norte-americano, Donald Trump, a 3 de janeiro, a tensão entre os Estados Unidos e o Irão intensificou-se, com a promessa iraniana de vingar o "mártir" iraniano.
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E os iranianos não tardaram a sair à rua em protesto e a exigir vingança, queimando bandeiras dos Estados Unidos. Nestes protestos inflamados, que reúnem milhares de pessoas, também é comum incendiarem bandeiras de outros países inimigos: Israel e Reino Unido.
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E desde que o clima de tensão se intensificou, aumentou o negócio da fábrica Diba Parcham, na cidade de Khomein, no sudeste da capital, Teerão, onde jovens rapazes e mulheres estampam as bandeiras à mão e penduram-nas a secar. A fábrica produz duas mil bandeiras dos Estados Unidos e de Israel por mês e mais de 1,5 milhões por ano.
"Não temos qualquer problema com americanos ou britânicos. Temos um problema com os seus governantes. Temos um problema com os presidentes deles, com as suas políticas erradas", referiu Ghasem Ghanjani, proprietário da fábrica Diba Parcham.
"As pessoas dos Estados Unidos e de Israel sabem que não temos nada contra elas. Se as pessoas queimam as bandeiras destes países nos protestos é só para mostrarem o seu descontentamento", explicou.
Razaei, diretor de controlo de qualidade, que não revelou o primeiro nome, diz que "comparando com as ações cobardes dos Estados Unidos, como o assassínio do general Soleimani, [queimar bandeiras] é insignificante. É o mínimo que se pode fazer".