<p>O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje, qaurta-feira, numa cerimónia em memória das vítimas do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau, que "um novo monstro" quer "exterminar" os judeus.</p>
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Por ocasião dos 65 anos da libertação do campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, o primeiro-ministro israelita apontou, sem concretizar qual a origem da ameaça, a necessidade de fazer frente à "maldade assassina" que surgiu no mundo.
"Não esquecemos e estaremos sempre vigilantes", acrescentou Netanyahu que participou na jornada em memória das vítimas do Holocausto ao lado do presidente polaco, Lech Kazynski, e do primeiro-ministro, Donald Tusk.
As palavras de Netanyahu foram proferidas em língua hebraica e traduzidas pela televisão polaca.
"Um Estado e um exército fortes" são o único meio eficaz para a defesa do povo judeu, afirmou Netanyahu.
No complexo de Auschwitz-Birkenau foram exterminadas 1,1 milhões de pessoas, na maioria judeus. O campo foi libertado a 27 de Janeiro de 1945 por soldados do Exército Vermelho que encontraram no local 7 mil sobreviventes, muitos agonizantes.
Hoje, quarta-feira, assinalou-se o 65º aniversário da libertação do campo de concentração polaco.
Auschwitz sustém-se como o maior símbolo do Holocausto nazi. Palco de mais de 1,2 milhões de mortes, o campo de concentração mantém-se conforme foi abandonado naquele ano de 1945, depois da vitória dos Aliados sobre a Alemanha Nazi de Adolf Hitler.
Erguido para presos políticos polacos, o primeiro de três complexos alberga a inscrição “Arbeit Macht Frei” – em português, “O Trabalho Liberta” – triste recordação do crime sem precedentes. O segundo complexo, em Birkenau, contabilizaria, pelo ano de 1944, seis mil mortes por dia nas câmaras de gás, tornando-se no mais eficaz instrumento da “solução final”.
Mais de seis milhões de judeus foram mortos no genocídio europeu, vítimas da perseguição nazi, durante a 2º Guerra Mundial, entre 1939 e 1945.
Gradovski sobreviveu à clausura do campo de concentração integrando um dos “Sonderkomandos”, equipa responsável pelo funcionamento das câmaras de gás. Escrito em hebraico, no diário pode ler-se: “penso que o mundo já conhece bem este nome (Auschwitz), mas ninguém saberá exactamente o que aqui se passou”.
O ano 1939 marca o início da Segunda Guerra Mundial com a invasão alemã da Polónia. Durante este período deu-se o êxodo judaico para a “Terra Prometida”, entretanto ocupada pela Grã-Bretanha. O ano de 1945 assinala o fim da Segunda Grande Guerra. Três anos depois, em 1948, a diáspora judaica dá lugar ao estado de Israel.