O "apego inexplicável" à família real britânica é uma das razões que leva Nick Cave a participar na coroação de Carlos III, novo rei de Inglaterra, que se realiza no próximo sábado, dia 6. O músico australiano considera Isabel II "a mulher mais carismática" que já conheceu.
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"Não sou monárquico, nem republicano fervoroso. O que também não sou é tão espetacularmente desinteressado sobre o mundo e a forma como ele funciona (...) a ponto de recusar um convite para aquele que provavelmente será o evento histórico mais importante da nossa era no Reino Unido", escreveu Nick Cave, em resposta aos fãs incrédulos com a notícia, no site The Red Hand Files.
Cave irá assistir à coroação do novo rei de Inglaterra, no próximo sábado, no dia 6 de maio, ao lado do primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, do jogador de futebol Sam Kerr e do comediante Adam Hills.
Para além de "debates intermináveis mas necessários sobre a abolição da monarquia" o músico australiano revela que sente um "apego inexplicável" pela realeza britânica. "Pela natureza profundamente excêntrica de toda aquela situação, que espelha de forma tão perfeita a estranheza da própria Grã-Bretanha. Sinto-me atraído por esse tipo de coisas - o bizarro, o estranho, o inspirador", revelou o artista.
"O jovem Nick Cave era, com todo o respeito ao jovem Nick Cave, jovem e como muitos jovens, basicamente demente, por isso sou um pouco cauteloso em usá-lo como referência do que devo ou não devo fazer" respondeu o músico australiano a fãs que lhe perguntaram o que diria o "jovem Nick Cave" se soubesse que, em 2023, iria participar na coroação de Carlos III. "Mas era giro, lá isso era. Maluco, mas giro", acrescentou.
Cave nasceu e foi criado na Austrália, mas vive na Grã-Bretanha. Em 2017, recebeu uma medalha de honra, estabelecida por Isabel II, em 1975, cita o jornal britânico "The Guardian".