"Em nome de que credo pode haver uma atitude de destruição deste género", questiona "chocado" Rui Centeno, professor de Arqueologia Clássica da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, lembrando que as ruínas de Nirmud, no norte do Iraque, antiga Mesopotâmia, são património da humanidade.
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"É inacreditável como é que, em pleno século XXI, alguém pode destruir ruínas arqueológicas que são património da humanidade", acrescentou, lembrando que Nimrud é uma cidade referência da antiguidade pré-clássica.
Mesmo desconhecendo o grau de destruição infligido à estação de arqueológica no local, é assustador não saber se o ataque fica circunscrito a Nimrud ou se alastrará, numa zona muito rica em termos de património, sublinha o docente. "Colocar material pesado, como escavadoras numa estação arqueológica, certamente que provocou enormes estragos num trabalho de dezenas de anos", lamentou.