A Ucrânia saiu vencedora da Eurovisão, num sinal de união da Europa pela luta do povo ucraniano. Em Berlim, foi a NATO a mostrar união em continuar a dar assistência militar enquanto Kiev precisar. Sem ceder às ameaças de Moscovo, Finlândia e Suécia dão passos firmes para a adesão à Aliança Atlântica.
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Dia histórico
"Este é um dia histórico. Uma nova era começou", declarou o presidente finlandês, Sauli Niinistö, ao anunciar formalmente o pedido de adesão da Finlândia à NATO. A entrada na Aliança "não representa perigo para ninguém", garantiu.
Também este domingo, o Partido Social Democrata sueco, no poder, aprovou a candidatura da Suécia à NATO, abrindo caminho a um pedido de adesão pelo governo. É o "melhor" para a Suécia e para a sua segurança, disse a primeira-ministra Magdalena Andersson, após uma reversão histórica na posição do seu partido.
O secretário-geral da NATO já admitiu que a Aliança poderá reforçar a sua presença na Suécia e na Finlândia para dar "garantias de segurança" aos dois países enquanto não se concretiza a sua adesão à organização.
Ofensiva russa abranda
A ofensiva terrestre russa na Ucrânia está a abrandar devido à falta de efetivos e ao êxito da contraofensiva ucraniana, divulgou o Ministério da Defesa do Reino Unido. "As baixas ascendem, provavelmente, a um terço das tropas de terra que entraram em combate em fevereiro", quando a Rússia tinha concentrado mais de 100 mil soldados na fronteira ucraniana e na península anexada da Crimeia.
No mesmo sentido, o secretário-geral da NATO defendeu, em Berlim, que a Ucrânia "pode ganhar" a guerra, adiantando que a principal ofensiva russa, na região oriental de Donbass, "está em ponto morto" e a Rússia "não está a atingir os seus objetivos estratégicos".
Hino da guerra
O grupo musical ucraniano Kalush Orchestra venceu o Festival Eurovisão da Canção e, este domingo, divulgou um vídeo da canção vencedora, "Stefania", gravado em vários lugares do país devastado pela guerra, incluindo em Bucha.
Sem a palavra "guerra", mostra várias mulheres em uniforme, que percorrem o país em ruínas para ajudar meninas a procurar as suas mães e tornou-se um hino da guerra que o cantor quer que se converta num hino da vitória sobre a Rússia.
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Mais civis a salvo de Azovstal
No dia em que a Ucrânia revelou novas imagens dos resistentes da Azovstal, centenas de carros e carrinhas com refugiados de Mariupol chegaram no sábado à noite a Zaporíjia, controlada pela Ucrânia.