A ilha onde se vai realizar a cimeira entre os EUA e a Coreia do Norte, marcada para 12 de junho, em Singapura, salta ao olho pelas praias com água cristalina, os melhores campos de golfe do continente asiático e a panóplia de diversões e atrações turísticas, que escondem um passado sombrio.
Corpo do artigo
9413589
9414117
A ilha Sentosa, cujo nome significa "paz e tranquilidade", foi, em tempos, conhecida como "a ilha dos mortos", quando ainda era um campo japonês de prisioneiros de guerra para militares britânicos e australianos, depois de os aliados se terem rendido aos japoneses, em 1942, em plena II Guerra Mundial.
Na altura, e até 1972, ano em que Singapura se empenhou na promoção turística da ilha, Sentosa chamava-se Pulau Belakang Mati, expressão malaia cuja tradução literal é "ilha da morte por detrás" e que explica o nome pela qual era conhecida. De acordo com o "The Guardian", a ilha foi palco de execuções sumárias a chineses de Singapura - incluindo civis - suspeitos de estarem envolvidos em movimentos anti-japoneses. Os homicídios eram perpetrados nas praias, que agora dão lugar a um enorme campo de golfe.
A decisão de realizar a histórica cimeira - é a primeira de sempre entre os EUA e a Coreia do Norte - em Sentosa não é inocente, uma vez que, apesar de se localizar apenas a meio quilómetro da costa sul da ilha principal de Singapura, a ilha oferece isolamento e privacidade e será relativamente fácil de controlar a nível de segurança.
A Casa Branca anunciou, esta quarta-feira de manhã, que a cimera decorrerá no luxuoso Capella Hotel, onde já começaram os trabalhos preparatórios para a grande receção.
9414117