O presidente norte-americano, Barack Obama, considerou, numa entrevista, que a duplicação das tropas no Iraque marca "uma nova fase" na luta contra o grupo rebelde Estado Islâmico, mas garantiu que os militares não vão envolver-se em combates.
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Barack Obama, entrevistado pela cadeia CBS, afirmou que os ataques aéreos realizados pela coligação internacional no Iraque e na Síria, liderados pelas forças norte-americanas, estão a ser "muito eficazes" para travar o avanço dos jihadistas e chegou o momento em que se pode "efetuar uma certa ofensiva".
"Agora, necessitamos que as tropas de terra, as tropas terrestres iraquianas, possam começar novamente a empurrar", disse.
Apesar de afastar a possibilidade de os Estados Unidos terem militares a lutar no terreno, o presidente não descartou a hipótese de enviar mais tropas.
A decisão de Obama, anunciada esta sexta-feira, aumenta o contingente norte-americano para cerca de 3000 militares em território iraquiano.
O anúncio suscitou preocupações de que os Estados Unidos possam envolver-se novamente numa guerra terrestre, mas a administração tem insistido que as tropas não desempenharão um papel de combate, mas apenas de aconselhamento e treino.
Além disso, a Casa Branca pediu ao Congresso 5600 milhões de dólares adicionais para combater o movimento radical Estado Islâmico, que inclui uma verba de 1600 milhões de dólares para um fundo destinado ao treino e equipamento do exército iraquiano e das forças curdas, que "trabalham com o governo do Iraque" para enfrentar os rebeldes.