O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reuniu-se, em Washington, com a equipa de segurança nacional para examinar as opções políticas para resolver a crise na Ucrânia, indicou um responsável da Casa Branca.
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Membros da equipa de segurança nacional do presidente, incluindo o general Martin Dempsey, chefe do Estado-maior general das forças armadas norte-americanas, chegaram à Casa Branca.
O secretário da Defesa norte-americano, Chuck Hagel, falou ao telefone com o homólogo russo, Serguei Choigu, depois de ter sido aprovado, em Moscovo, "o recurso às forças armadas russas no território ucraniano", pelo Conselho da Federação, ou câmara alta do parlamento russo, na sequência de um pedido do presidente Vladimir Putin.
"O chefe do Pentágono Chuck Hagel falou com o homólogo russo esta manhã", declarou à agência noticiosa francesa AFP um responsável, que pediu o anonimato.
Em seguida, Hagel deslocou-se à Casa Branca para participar numa reunião de crise da equipa de segurança nacional de Obama.
A decisão do Conselho da Federação russo surgiu horas depois de uma denúncia da Ucrânia, na sexta-feira, de que a Rússia fez uma "invasão armada" na Crimeia, península do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.
O presidente interino ucraniano, Oleksandr Turchinov, anunciou que o exército se encontra em estado de alerta, acrescentando estar em vigor "um plano de ação", em caso de agressão.
O presidente interino falava no final de uma reunião do conselho de segurança e de defesa ucraniano, numa altura em que a situação se está a degradar na Crimeia.
Ao lado de Turchinov, durante a intervenção transmitida pela televisão, estava o primeiro-ministro Arseniy Iatseniuk, que afirmou ter falado com o homólogo russo, Dmitri Medvedev.
No mesmo discurso, Turchinov afirmou ter decidido reforçar a proteção das centrais nucleares e locais estratégicos.
Antes, Turchinov tinha pedido a Putin para "terminar imediatamente a agressão ostensiva e retirar os militares da Crimeia".
Entretanto, e na sequência de um apelo do governo de Kiev, o Conselho de Segurança da ONU deu já início à reunião para uma segunda ronda de discussões em 24 horas devido à escalada de tensão na Ucrânia.
A agência noticiosa francesa AFP noticiou hoje a presença de dezenas de homens mascarados e com uniforme, mas sem qualquer insígnia, que tomaram posições junto ao edifício do parlamento regional da Crimeia.