O Presidente norte-americano, Barack Obama, recebe no mês de setembro, em Nova Iorque, os líderes dos países que integram a coligação internacional que combate o grupo extremista Estado Islâmico.
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Segundo fontes diplomáticas, citadas pela agência francesa AFP, a cimeira está prevista para 29 de setembro e terá como tema principal a luta contra o terrorismo e o extremismo violento.
As mesmas fontes indicaram que esta cimeira, que vai decorrer à margem da 70.ª sessão da Assembleia-geral das Nações Unidas, vai servir para os líderes internacionais fazerem um balanço e traçarem o futuro caminho da ofensiva contra o Estado Islâmico.
O encontro acontece um ano depois de Barack Obama ter defendido, durante uma intervenção nas Nações Unidas, um esforço multilateral contra o terrorismo e de ter apelado a uma mobilização moral.
"O grupo terrorista [Estado Islâmico] tem de ser desmembrado e, finalmente, derrotado", afirmou o líder norte-americano, em setembro de 2014, num discurso proferido na Assembleia-geral das Nações Unidas.
Ainda em 2014, os Estados Unidos conseguiram reunir uma coligação com mais de 50 países para combater o grupo radical sunita, que proclamou um "califado" em junho desse ano depois da conquista de Mossul, a segunda cidade iraquiana.
Desde então, os jiadistas conquistaram território na Síria e no Iraque e ganharam posições na Líbia, Iémen e em outros locais no Médio Oriente. Também conseguiram alianças em outros lugares mais distantes, nomeadamente na Nigéria com o grupo extremista Boko Haram.
Os jiadistas divulgaram, esta quarta-feira, na rede social Twitter a imagem do corpo de um refém croata sequestrado no Egito. Tomislav Salopek, de 31 anos, é aparentemente a mais recente vítima do grupo extremista.
Em setembro do ano passado, Obama também presidiu ao Conselho de Segurança da ONU. Na altura, o órgão adotou uma resolução que pretendia travar o fluxo de combatentes estrangeiros para as fileiras jiadistas.
Um ano depois, observadores da ONU relatam que o número de jiadistas estrangeiros já atingiu pelo menos os 22 mil e que não existem sinais de abrandamento.