O presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu, hoje, sábado, toda a ajuda do Governo às regiões afectadas pelo derrame de petróleo no Golfo do México, após a explosão e afundamento da plataforma da BP.
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No seu habitual discurso radiofónico aos sábados, Obama também reiterou a sua promessa de que a BP terá de pagar "até ao último centavo" os danos sofridos pelos residentes das regiões afectadas.
"Esta gente trabalha muito, cumpre as suas responsabilidades e agora devido a uma catástrofe provocada pelo Homem e da qual não têm culpa nenhuma e está fora do seu controlo, as suas vidas foram atiradas ao caos e isso é brutalmente injusto", assinalou.
Obama gravou o discurso na sexta-feira na Grande Ilha, no Estado do Luisiana, que em conjunto com o do Mississípi e Alabama, foram os mais afectados pelo derrame de petróleo.
Na mensagem, Obama garantiu que pretende "estar junto da população afectada" até que esta recupere e garantiu que o seu Governo vai aplicar todos os recursos disponíveis para proteger o litoral, limpar a zona de petróleo e fazer com que a BP e outras empresas se responsabilizem pelos danos de forma a restabelecer a riqueza e a beleza da região.
Perante o derrame, o Governo Federal enviou para o local 17500 membros da Guarda Nacional e mais de 20000 pessoas estão a participar nas operações de protecção do litoral contra a maré negra.
O presidente salientou também que na região do Golfo estão mais de 1900 navios a participar nas operações, a "maior resposta a um desastre ambiental do género alguma vez dada pelos Estados Unidos".
Obama recordou que enviou à British Petroleum uma factura de 69 milhões de dólares para pagar parte das despesas que estão a ser feitas e que designou uma comissão que investigará as causas do derrame.
"Se as leis são desadequadas, estas serão alteradas, se houve falhas na supervisão, está será reforçada e se as leis foram violadas, os responsáveis serão levados à Justiça", garantiu.
Apesar de reconhecer alguns êxitos da BP nos esforços da petrolífera para tapar o buraco onde está a ser derramado o petróleo, Barack Obama não se manifestou muito optimista.