A Coligação Nacional Síria pediu uma ação internacional rápida para pôr fim ao uso de armas químicas pelo regime do presidente Bashar al-Assad.
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Em comunicado, a Coligação Nacional Síria (CNFROS, na oposição) afirmou que Damasco deve entender que, tal como disseram a ONU, os Estados Unidos e outros países, "o uso de armas químicas é uma linha vermelha que, ao ser ultrapassada, terá resultados graves".
"Se não forem tomadas medidas rápidas, o regime de al-Assad verá como sinal de aceitação internacional o uso de armas químicas", garantiu a principal organização da oposição síria.
A coligação referiu que, durante semanas, os habitantes de Alepo (norte), Homs (centro) e de algumas zonas da periferia de Damasco sofreram as consequências destas armas.
Por isso, exigiu à ONU e aos membros permanentes do Conselho de Segurança que "atuem com urgência" e garantam que as declarações sobre o uso de armas químicas sejam uma advertência concreta.
A CNFROS sublinhou que a ONU deve ouvir "os gritos do povo sírio de uma vez por todas" e a Rússia tem que deixar de intervir e permitir que o Conselho de Segurança "cumpra o dever de manutenção da paz e da segurança".
Na quinta-feira, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, indicou que os serviços de informações tinham algumas provas do uso de armas químicas pelo regime de al-Assad, especialmente gás sarin.
Pouco depois, a Casa Branca referiu que as "avaliações dos serviços de informações" sobre o uso de armas químicas na Síria ainda "não eram suficientes" e disse serem necessários "factos credíveis e confirmados" para tomar decisões.
O presidente norte-americano, Barack Obama, alertou em várias ocasiões que a utilização de armas químicas na Síria não seria tolerado e implicaria ultrapassar "uma linha vermelha".
O regime sírio negou sempre a utilização de armas químicas no conflito, que já causou mais de 70 mil mortos desde março de 2011, de acordo com dados da ONU.