Uma ordem de deportação de um homem que entrou ilegalmente nos EUA há cerca de 30 anos e se tornou um respeitado empresário no Estado do Havai "é desumana", considerou um juiz norte-americano.
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Stephen Reinhardt, que integra o maior tribunal de recurso dos EUA, o Nono Circuito do Tribunal de Recursos, escreveu, de forma raramente impressiva, que "o presidente Trump garantiu que a sua política de imigração só visaria os 'homens maus'".
Porém, contrapôs, "a decisão do Governo de remover (deportar) Magana Ortiz mostra que até os homens bons' não estão seguros".
Reinhardt, que foi nomeado pelo presidente Jimmy Carter, disse que este circuito judicial não tinha autoridade para bloquear a deportação de Ortiz para o México. Mas, insistiu, considerava difícil ver como é que a ordem de deportação era consistente com a promessa de Trump de instalar um sistema de imigração com coração.
Este juiz adiantou que Ortiz, que chegou aos EUA em 1989, estava bem estabelecido na indústria cafezeira havaiana, pagava os seus impostos e tem três filhos cidadãos dos EUA, dos quais vai ser separado.
Depois de regressar ao México, Ortiz enfrenta uma proibição de voltar aos EUA durante 10 anos.