Uma palestiniana libertada na troca de presos pelo soldado israelita Gilad Shalit, e detida novamente em fevereiro, está há oito dias em greve de fome, disse o ministro dos Assuntos Prisionais palestiniano, Issa Qaraqaa.
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Haneh Shalabi fez parte dos mais de mil presos palestinianos libertados em outubro em troca do soldado israelita Gilad Shalit, sequestrado em Gaza durante cinco anos.
Foi detida novamente por Israel a 16 de fevereiro e condenada a ficar presa sem julgamento durante seis meses, disse o ministro dos Assuntos Prisionais palestiniano, Issa Qaraqaa, à agência noticiosa francesa AFP.
Na terça-feira, o preso palestiniano Khader Adnan terminou uma greve de fome de 66 dias em protesto contra a prisão sem acusação - designada em Israel de "detenção administrativa" - no quadro de um acordo que prevê a sua libertação em abril.
A greve de fome de Khader Adnan, de 33 anos, foi a mais longa alguma vez realizada por um preso palestiniano. Chamou a atenção internacional para o uso por Israel da detenção administrativa, que permite ter suspeitos presos sem culpa formada por tempo indeterminado.
"Aparentemente, os palestinianos nas prisões israelitas estão a tratar a detenção administrativa de forma diferente após o caso de Khader Adnan", comentou o ministro Issa Qaraqaa.
Haneh Shalabi, da aldeia cisjordana de Burgin, perto de Jenin, esteve presa 30 meses antes de ser libertada no ano passado.
O exército disse que se trata de uma "agente afiliada da 'jihad' (guerra santa) global" e foi presa novamente sob suspeita de "representar uma ameaça para a área".