O Papa Francisco garantiu uma "indulgência plena" ou perdão religioso para os "Legionários de Cristo", movimento católico conservador envolvido em escândalos de pedofilia, mas que realizou "um processo de purificação".
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O "penitenciador mor" do Vaticano, o cardeal italiano Mauro Piacenza, emitiu um decreto naquele sentido, em resposta a um requerimento do padre Eduardo Robles Gil, diretor geral dos "Legionários de Cristo", formado por padres e religiosos, e do Regnum Christi, constituído por laicos.
Em 2005, o fundador do movimento, o mexicano Marcial Maciel, foi acusado de pedofilia e de molestar várias crianças, tendo já morrido, em 2008.
"Depois do enorme escândalo provocado pelo passado" do fundador pedófilo, a "congregação iniciou um processo de purificaçao e de renovação" e adotou novos estatutos e regras, precisou a Rádio Vaticano.
Esta decisão foi divulgada quando está a ser preparada para o primeiro semestre de 2016 a primeira viagem do papa Francisco ao México.
O vaticanista italiano Ignazio Ingrao disse que esta medida "corresponde ao estilo do Papa de conceder o perdão, ainda que isso não signifique apagar as responsabilidades e a condenação severa dos abusos" do padre Maciel e de outros membros da congregação.