Por cada milha percorrida (pouco mais de um quilómetro e meio), Chuck McCarthy cobra cerca de seis euros. É um passeador de humanos em Los Angeles, EUA.
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Para passear cães podem ser necessários requisitos técnicos, já para caminhar ao lado de pessoas basta ter boas pernas, falar e sobretudo ouvir. Foi com esta simplicidade que o norte-americano Chuck McCarthy contou ao jornal britânico "The Guardian" o que faz para viver: passeia pessoas.
O ator, na casa dos 30 anos, encontrava-se frequentemente sem trabalho e começou a pensar no negócio de passear pessoas. A ideia surgiu ao princípio como uma brincadeira. "Quanto mais pensava na ideia, menos louca me parecia", explica.
Há cerca de uma semana arrancou com o negócio. Os clientes têm repetido a experiência. As conversas são confidenciais, mas segundo o passeador são sobretudo sobre assuntos menos importantes, como o trânsito. Chuck explica que entre os clientes estão pessoas que querem passear à noite, e que por insegurança não o fariam sozinhas, pessoas que não querem ser vistas a caminhar sozinhas na rua, porque os outros podem pensar que não têm amigos, ou pessoas que simplesmente gostam de ter companhia para fazer um pequeno passeio e não conseguem conciliar a agenda com ninguém que conheçam.
Chuck McCarthy tem recebido tantos pedidos que já contratou mais passeadores para caminharem com clientes noutras zonas da cidade. Agora, que acredita que passear pessoas pode ser um bom negócio, Chuck pondera fazer uma angariação de fundos para criar uma aplicação, ao estilo da Uber, para que os serviços de passeadores de humanos possam ser requisitados.
O norte-americano explica que as pessoas preferem sair de casa, caminhar e conversar em vez de escreverem nas redes sociais desabafos que ficam sem resposta. "Precisamos de interação humana", defende.
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