Um homem de 32 anos, acusado de aliciar e chantagear raparigas com idades dentre os 10 e os 17 anos, pela internet, em Fuengirola, Espanha, enfrenta uma pesada pena de prisão e foi obrigado a abandonar aquela cidade da Costa do Sol, onde os crimes terão sido praticados.
Corpo do artigo
Nas redes socais, apresentava-se como Xavi Mauricios Riquelme, um jovem de 16 anos, bem-parecido e interessado em conhecer jovens da sua idade. Em conversas de chat, ia aproximando-se das vítimas, a quem gradualmente conquistava a confiança até convencê-las a mostrarem perante a web câmara partes íntimas do corpo.
Numa fase mais avançada, também enviava imagens suas a masturbar-se, sempre sem mostrar a cara. Depois, ameaçava as raparigas de difundir os vídeos que havia gravado junto de amigos e familiares, se estas não se mostrassem disponíveis para praticarem os atos de natureza sexual que ele lhes ordenasse perante as câmaras.
Segundo fontes policiais, citadas pelo diário "Sur", de Málaga, nove raparigas apresentaram queixa, o que, após investigação policial, levou à detenção do homem de nacionalidade chilena, que agora está a ser julgado num tribunal de Málaga.
A sentença será lida nos próximos dias, mas sabe-se já que o homem foi condenado a abandonar Fuengirola e foi proibido de aceder a redes sociais pelo prazo máximo legal.
Inicialmente, o procurador do Ministério Público pediu uma pena de prisão de 47 anos, mas, após o suspeito ter confessado todos os crimes e mostrar arrependimento, além de evidenciar doença mental, a acusação pede agora oito anos de prisão e a obrigação de frequentar um curso de educação sexual e controlo de impulsos. Terá também de pagar 3000 euros a cada uma das vítimas.
Ainda assim foram mantidas as acusações de exibicionismo, pornografia infantil, intromissão na vida privada e ainda nove crimes de agressão sexual. O réu enfrenta ainda a possibilidade de expulsão de território espanhol e a possibilidade de cumprir a pena no seu país de origem.
As nove vítimas estão a ser acompanhadas psicologicamente, algumas tiveram de mudar de escola e uma delas abandonou mesmo a cidade de Fuengirola, onde disse "não conseguir viver mais". Segundo os médicos, esta jovem sofre uma depressão grave, com sequelas a médio e longo prazo.