Pelo menos 37 ativistas cubanos foram alvo de "detenções arbitrárias" esta semana em Cuba, dos quais 15 permanecem detidos, denunciou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ao condenar a atuação das autoridades da ilha.
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A maioria das detenções teve lugar em Havana e Camaguev, segundo o organismo autónomo da Organização de Estados Americanos, que alertou para a violação dos direitos fundamentais de reunião e de liberdade de expressão com estes casos.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) indicou que, segundo alguns ativistas, as detenções poderão ter ocorrido para impedir os dissidentes de se reunirem para discutir o projeto "Petição por outra Cuba", que pretende mobilizar os cubanos para apelarem ao Governo da ilha para assinar pactos internacionais de direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais.
No seu relatório anual, o organismo denunciou as "detenções arbitrárias temporárias, por algumas horas ou poucos dias, contra pessoas identificadas como opositores do regime, para evitar que participem em atividades políticas ou como resposta a manifestações ou circulação de mensagens críticas ao Governo".
Neste sentido, o CIDH reiterou que as restrições aos direitos políticos, à liberdade de expressão, a par da ausência de eleições e de independência do poder judicial são uma "situação permanente de violação dos direitos fundamentais" dos cubanos e exortou o Governo de Cuba a implementar as reformas necessárias em matéria de direitos humanos em linha com as suas obrigações internacionais.