O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês criticou com veemência o "teatro político" do prémio Nobel da Paz, entregue simbolicamente, numa cerimónia em Oslo, ao dissidente chinês Liu Xiaobo.
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"Este género de teatro político não irá nunca fazer vacilar a determinação do povo chinês no caminho do socialismo com características chinesas", declarou a porta-voz do ministério, Jiang Yu, em comunicado, evocando ainda uma "mentalidade de guerra-fria".
Pequim sempre criticou veementemente a atribuição do prestigiado galardão ao dissidente e nos últimos dias decidiu mesmo bloquear o acesso a 'sites' de vários órgãos de comunicação social internacionais, como foi o caso da morada electrónica da estação pública de televisão e de rádio norueguesa NRK.
Liu Xiaobo, de 54 anos, preso desde 2008 e condenado a 11 anos de prisão por "actividades subversivas", não esteve presente na cerimónia, bem como nenhum dos familiares, incluindo a mulher Liu Xia, actualmente em prisão domiciliária.
A actriz norueguesa Liv Ullmann leu durante a cerimónia, realizada na Câmara Municipal de Oslo, textos escritos pelo dissidente chinês após a sua condenação no dia de Natal em 2009.